O Tribunal do Júri condenou a 129 anos de prisão três rapazes envolvidos no assassinato de uma criança de dois anos em Cuiabá. O julgamento, que durou 20 horas, começou na manhã de quarta-feira (15) e terminou nesta madrugada.
Cleverson Patrick do Carmo e Ézio Rosa da Silva foram condenados a 42 anos de prisão cada um, enquanto Adriano de Oliveira foi sentenciado a 45 anos.
O Conselho de Sentença reconheceu a tese da acusação que sustentou crimes como homicídio consumado, quatro tentativas de assassinatos e extorsão. As penas se agravaram porque o promotor João Augusto Veras Gadelha os acusou de homicídio duplamente qualificado: usaram de motivo torpe e impediram a defesa da criança, atingida por bala perdida.
Segundo o promotor, a pena aplicada ao trio é justa porque mostra que a “Justiça não está mais tolerando ações de gangues. Se eles pensam que podem fazer o que quiser, estão enganados.”
A defesa dos condenados ainda não se pronunciou se recorre da sentença.
Ainda há dois envolvidos para serem julgados. Um está foragido e outro teve o processo desmembrado e cumpre pena por ter cometido outro assassinato. Não há previsão para julgamento.
O CRIME
O assassinato de Ana Carolina Nunes, 2 anos, aconteceu em fevereiro de 2009, no bairro Dom Aquino, perto do centro de Cuiabá. Naquele dia, um sábado, a “Gangue do Copagás”, ao quais os jovens condenados pertenciam, resolveu atacar um grupo rival, conhecido por “Aldeia”, que havia tomado bocas de fumo.
A “Gangue do Copagás” abasteceu três motos em um posto de combustível e ameaçou um frentista. No mesmo momento avisou um homem, que era o pai de Ana Carolina, sobre vingança contra os rivais, que faziam uma festa.
Preocupado com a situação, pois a festa era perto de sua casa, o pai da criança correu para avisar a família. Mais ao chegar ao local, a menina já havia sido atingida e levada ao Pronto-Socorro de Cuiabá, onde morreu. Membros da “Gangue do Copagás” chegaram atirando para todos os lados.
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