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Justiça Terça-feira, 09 de Agosto de 2016, 16:23 - A | A

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Terça-feira, 09 de Agosto de 2016, 16h:23 - A | A

OPERAÇÃO SODOMA

Proprietário de factoring diz que não sabia que "fazia parte de engrenagem para lavagem de dinheiro"

MAX AGUIAR / JESSICA BACHEGA

O segundo colaborador a ser ouvido pela magistrada Selma de Arruda foi o empresário no ramo de factoring, Frederico Muller,  primo e sócio de Filinto Muller,  que também é colaborador na Operação Sodoma, que investiga suposto pagamento de propina ao governo do Estado, entre os anos de 2011 e 2014. Logo de início, assim como seu primo, Frederico disse que sabia "achava que tinha algo errado nas transações, mas nunca se aprofundou para descobrir de que se tratava". Ele afirmou que, mas nunca tratou nada pessoalmente com o procurdor aposentado Chico Lima.

 

Arquivo Pessoal/Facebook

frederico Muller

 

A promotora Ana Cristina Bardusco questionou o empresário se as transações eram feitas diretamente na FMC, empresa de fomento que funciona até hoje no bairro Baú, em Cuiabá: "Não. Nada de fomento foi efetivada dentro da empresa FMC.  O que houve foi o depósito e transferências de valores, pela qual a minha empresa recebeu porcentagem para isso", garantiu o colaborador.

 

Frederico ainda afirmou que achava estranha a transação,  pois como não havia dinheiro na hora para descontar os cheques (cada um R$ 83 mil), eles foram descontados gradativamente a cada mês. "Não é comum uma pessoa pagar taxas e juros para deixar o cheque guardado" disse o empresário, que completou. "A partir do segundo cheque eu comecei a desconfiar das transações", disse. 

 

Diferente do que foi dito por Filinto, que logo de cara comentou que conhecia Chico Lima, Frederico garantiu que sabia que as transações eram feitas com pessoas do Executivo de Mato Grosso, mas não buscou saber quem. "Sabia que era uma demanda de um grupo politico, mas não me aprofundei para saber o que era. Pensei que já que começamos vamos liquidar isso e não fazer mais negócios com eles", comentou o empresário, que ainda frisou que todos os cheques foram compensados na data correta e não houve nenhum problema de maior valia.

 

Questionado questionado se sabia que o que estava fazendo era ilícito, o colaborador afirmou que não pensou nisso. "Achei estranho Chico não querer registrar controle dos cheques nem assinar promissórias. Minha maior preocupação era o risco financeiro", declarou o empresário.

 

Questionado pela defesa de Chico Lima,  se sabia que fazia parte de uma organização criminosa,  o delator enfatizou que não tinha consciência de que fazia parte. "Achei tudo muito esquisito,  mas não cheguei a esse nível de pensamento e nem conclui que fazia parte de uma engrenagem de lavagem de dinheiro. Eu na verdade não tive contato com nenhum deles", concluiu o empresário, que já deixou a sala da magistrada Selma de Arruda. 

 

A juíza Selma Arruda iria ouvir o delator João Batista Rosa, proprietário da Tractor Parks e delator do esquema de propina, porém seu depoimento foi transferido para o dia 17 deste mês. Ele não foi ao Fórum e seu advogado, Huendel Rolin, pediu que sua fala fosse colhida outro dia. Ele está em viagem de negócios.  

 

"O envolvimento desses réus é apenas uma tentativa de reunir o que não pode se juntar. É como achar que água e óleo podem se misturar homogeneamente. Não há motivo para acreditar que esta organização criminosa exista reunindo estas personalidades”, ressaltou o advogado de Chico Lima, João Cunha.

 

De acordo com seu entendimento, o que está sendo feito ouvindo novamente os colaboradores é “chover no molhado”. 

 

“Esse processo é uma armadilha. Nos já ouvimos estas testemunhas aqui, que falaram a mesma coisa. Isso é um dejavu. Nenhuma das pessoas citadas têm qualquer participação em ação criminosa, muito menos Chico Lima.

 

Operação Sodoma

 

O processo da Operação Sodoma conta com 17 réus e dezenas de testemunhas. Na primeira fase da operação Sodoma, oito membros da organização foram indiciados pela Polícia Judiciária Civil e sete deles denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Os envolvidos respondem pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre os indiciados e denunciados estão o ex-governador Silval da Cunha Barbosa e os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi.

 

Já na seguda fase da operação, a polícia apurou a conduta dos membros da organização criminosa na utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro. O ex-secretário de Adminstração César Zílio chegou a ser preso. 

 

 

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