O empresário Gérsio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, delator do suposto esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro que teria movimentado R$ 500 milhões em Mato Grosso, falou por mais de seis horas durante audiência da Operação Ararath, na 5ª Vara da Justiça Federal e, de acordo com os advogados que acompanharam todo depoimento, ratificou o que tinha falado anteriormente.
Na sala desde às 13h30, Júnior Mendonça esteve acompanhado da esposa de Eder Moraes, Laura Dias, e dos advogados Paulo Lessa e Ulisses Rabaneda, além de promotores do Ministério Público e do juiz Jeferson Schneider. Essa foi a primeira audiência do caso que originou a Operação Ararath.
Segundo advogado de Eder Moraes, Paulo Lessa, o ex-secretário de Estado apenas acompanhou o interrogatório por vídeo conferência e não falou nada referente ao caso. “Não teve nada de novo sobre o caso. O Junior Mendonça apenas reafirmou o que ele já relatou anteriormente. Nada foi falado para prejudicar ou ajudar meu cliente”, disse o advogado.
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A audiência terminou às 18h45 e todos saíram juntos da sala, menos Junior Mendonça, que desviou o caminho da imprensa e saiu por uma porta por onde saem os juízes e presos. Nem o advogado de Mendonça, Huendel Rolim, falou com os repórteres.
Quem deu mais detalhes sobre o ocorrido durante as mais de seis horas de depoimento, foi o advogado Ulisses Rabaneda, que no caso defende o ex-secretário Vivaldo Lopes. Rabaneda disse que Mendonça afirmou fatos que inocentam seu cliente. “O depoimento foi positivo para nós. O Junior disse que os depósitos foram legais e expôs isso novamente hoje”, contou.
Sobre depósitos legais, Rabaneda explicou. “Todo dinheiro que foi acusado pelo Ministério Público de ter ido para a conta de Vivaldo para se esconder teve uma finalidade. O Junior disse que esses depósitos foram legais, pois todo valor era para ser usado com o Mixto Esporte Clube. Na época meu cliente era um administrador do clube. Portanto, tudo tem finalidade. Isso foi garantido por Junior, o que nos deu mais força para continuar”, concluiu.
Uma nova audiência deve acontecer no fim do mês, entre o dia 20 e 24 de julho e dessa vez deve durar mais de quatro dias. Nessa fase Eder Moraes, que está preso no presídio da Papupa em Brasília desde o dia 20 de maio, será interrogado e a defesa dele poderá intervir, como pediu Paulo Lessa.
Por enquanto estão envolvidos no caso e respondem a ação penal, além de Eder Moraes Dias, a esposa dele, Laura Tereza da Costa Dias, o ex-secretário adjunto de Fazenda Vivaldo Lopes Dias e o empresário Luis Carlos Cuzziol.
A operação da Polícia Federal chegou aos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado Sérgio Ricardo e Alencar Soares (aposentado), o governador Silval Barbosa, empresários do ramo da construção civil, ex-juiz Federal Julier Sebastião da Silva e o deputado José Geraldo Riva. Atualmente a Polícia Federal está na quinta fase da Operação. Não há informações sobre possível indiciamento de pessoas desta lista.
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Dornele$ 04/07/2014
Será que Eder "precatório" de Moraes, sai da jega com tempo de capitar os 30 milhões de reais para Lúdio Cabrito e mais 35 milhões para o Riva? Quem pode me responder?
1 comentários