O juiz Valter Fabrício Simioni da Silva, da 4º Vara Cível de Sorriso, determinou o afastamento imediato do policial militar Weberth Batista Ribeiro, que foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por atirar na cabeça de Elizângela Moraes no dia 17 de janeiro.
A determinação do magistrado, que foi feita na última terça-feira (04), trata sobre um outro caso no qual o policial é réu. Na ação judicial, Weberth é investigado por extorsão mediante grave ameaça com uso de arma de fogo.
Segundo o MPMT, o policial e outros dois homens, identificados como Reinaldo Rodrigues Lima e Aguinaldo Roberto Moro, utilizaram de meios ilícitos para cobrarem uma dívida de R$ 12,4 mil do empresário Anderson Luiz Gaides.
Na decisão do juiz, as provas apresentadas pelo órgão ministerial sustentam a acusação contra o policial. Em um dos trechos da ação, o magistrado destaca a violência pela qual o agente da segurança pública utilizou para coagir a vítima.
“Falta o que para você acertar o negócio lá? é bom você ir lá resolver esse negócio agora. o negócio é o seguinte, você está mexendo com homem, vai lá e resolve isso hoje e presta atenção que agora você está mexendo com homem, aqui é ribeiro! e vê se não desacredita que aqui é ribeiro! aqui é ribeiro que está falando! agora vê se vai lá e faz o b.o, quero ver se esse b.o vai te proteger e se esse seu peito é de ‘bala’”, aponta trecho do documento.
Além disso, o juiz destacou que o afastamento é uma medida necessária a fim de que o policial não se utilize de sua envergadura como agente público para qualquer tipo de proveito pessoal no âmbito da ação.
“Ante o exposto, defiro a liminar postulada na inicial para determinar o afastamento do réu Policial Militar Weberth Batista Ribeiro do cargo público por ele ocupado, nos termos do parágrafo único, artigo 20 da Lei de Improbidade Administrativa, até decisão ulterior”, narra trecho final da decisão.
Homicídio tentado
Além da ação penal por extorsão, o policial também foi denunciado pelo MPMT de ter tentado contra a vítima Elizângela Moraes e seu namorado, Osvaldo Pereira Gomes Neto, com emprego de meio cruel e por motivação fútil.
Segundo o documento, os policiais só não teriam consumado os crimes por motivos alheios a suas vontades.
Na denúncia do órgão ministerial consta que os agentes foram ao “Bar do Careca”, localizado no bairro São Domingos, e lá agrediram diversas pessoas, fato que resultou em um volumoso número de chamadas na Polícia Militar da cidade.
Após saírem do bar, por volta das 23h, os policiais encontraram o casal em um ponto de ônibus e, segundo a denúncia, pelo “simples fato de as vítimas estarem em seus caminhos naquele momento”, atiraram e desferiram chutes e socos na direção de Elizângela e Osvaldo.
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