A Justiça de Tapurah (389 km de Cuiabá) determinou a soltura do fazendeiro suspeito de forjar um ataque de onça para dissimular a morte de Dinalto Machado Lopes, de 53 anos, cujo corpo foi encontrado na propriedade em que trabalhava, no dia 24 de abril. Laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) descartou a hipótese de ele ter sido atacado pelo felino. O caso passou a ser tratado como homicídio, depois que foram encontrados três ferimentos causados por arma de fogo no corpo.
Além das lesões causadas por tiros, também foram identificadas no corpo lesões causadas por arma branca. A mão decepada, por exemplo, tinha um corte preciso, incompatível com um suposto ferimento causado por uma onça.
Também não foram encontradas lesões características desse tipo de ataque, como fratura de crânio. Em contrapartida, foram identificados ferimentos contusos na região da cabeça da vítima.
Depois da reviravolta, um fazendeiro foi preso suspeito do crime. Nesta quinta-feira (2), a Justiça deferiu a liberdade provisória dele.
RELEMBRE O CASO
Dinalto saiu às 7 horas para consertar uma cerca de arame e não retornou.Horas depois, colegas de trabalho sentiram falta do homem e saíram para procurá-lo.
Nas buscas, os homens encontraram rastros e vestígios de que algo havia sido arrastado pelo local. Então, acompanharam as pistas e encontraram o corpo de Dinalto, em uma região de mata, depois de ser atacado pelo animal. A vítima tinha cortes na cabeça e no rosto, além de arranhões nas costas.
A suposta onça teria arrastado o homem por cerca de 300 metros e o atacou em um matagal.
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