A defesa do frentista Antônio Aluizio Conceição Maciano, acusado de matar Emily Bispo da Cruz na frente do filho dela, de 4 anos de idade, apostou em argumentos técnicos para questionar a natureza objetiva do feminicídio. Caso o júri entenda pela subjetividade da qualificadora, não poderá votar positivamente com relação ao motivo torpe, também levantado na denúncia.
A manobra jurídica foi patrocinada pelo defensor público Marcus Vinicius Esbalqueiro que assumiu o caso às vésperas do julgamento, que ocorre nesta quinta-feira (10). Anteriormente, Antônio Aluizio Conceição Maciano tinha constituído advogados particulares. Os profissionais, porém, renunciaram à defesa no fim de julho.
Em nota, a advoagada Dayane Rodrigues alegou que deixou o caso por motivos pessoais. Na audiência de instrução, a defesa tinha atuado no sentido de reforçar a alegação de infidelidade por parte da vítima e de um relacionamento estável entre Antônio e Emily.
A acusação, por sua vez, trabalha com a tese de que o relacionamento era esporádico e que o réu já tinha demonstrado comportamento violento e possessivo com relação à vítima.
No julgamento desta quinta, a vendedora Júlia Maria Souza, de 22 anos, amiga e vizinha de Emily, relatou que cerca de três meses antes do crime, o réu foi até à casa de Emily e tentou agredi-la com um canivete. À época, a vítima conseguiu gritar e foi socorrida pela amiga. Em outra oportunidade, Emily apareceu no trabalho com olho roxo e, ao ser questionada por Júlia, afirmou que o celular havia caído em seu olho.
Ainda segundo Júlia, a vítima tinha receio de denunciar Maciano por conta das ameaças que ela sofria.
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