O Conselho Regional de Medicina (CRM) acusou a defesa do Hospital Enter de 'desvirtuar a realidade dos fatos, com ilações e mensagens fora do contexto'. Em nota, o CRM admite que o presidente da entidade, Diogo Sampaio, travou negociações com o proprietário da unidade hospitalar, interditada pela Vigilância sanitária em Cuiabá, para assumir como diretor técnico do hospital. Contudo, segundo a nota, a prestação de serviços não se materializou, bem como só teria ocorrido mediante a regularização do hospital perante os órgãos de controle. O texto também explica que Diogo Sampaio atuou no corpo clínico do hospital nos meses em que o estabelecimento estava regular.
"A empresa do Dr. Diogo Sampaio de fato prestou serviços clínicos de anestesia quando a unidade possuia um alvará que permitia a realização de procedimentos cirúrgicos ambulatoriais. Quando a direção da unidade pretendia iniciar a realização de cirurgias com internação, a equipe optou por romper o contrato", explica.
O presidente do CRM argumentou ainda que ao contrário do que sustenta a defesa do hospital, as orientações administrativas fornecidas por ele ao Hospital Enter não configuram uma “direção técnica ainda que informal”.
Com relação ao procedimento que tramita no CRM, a entidade explicou que o presidente do Conselho não atuou na fiscalização e tampouco no procedimento que resultou na suspensão do registro do hospital e no indicativo de interdição ética da unidade. "A fiscalização foi feita por uma médica concursada do CRM-MT e o processo tem como relator o Dr. Osvaldo César Pinto Mendes", diz trecho.
O processo, conforme o CRM, transcorre dentro da normalidade inclusive estando aberto o prazo para manifestação da defesa.
LEIA NA ÍNTEGRA
O Conselho Regional de Medicina (CRM) lamenta a forma como a defesa do hospital Hospital Enter tem tentado desvirtuar a realidade dos fatos, com ilações e mensagens fora do contexto.
Ao contrário do que afirma a defesa do hospital, o Dr. Diogo Sampaio não atuou na fiscalização e tampouco no procedimento que resultou na suspensão do registro do hospital e no indicativo de interdição ética da unidade. A fiscalização foi feita por uma médica concursada do CRM-MT e o processo tem como relator o Dr. Osvaldo César Pinto Mendes.
O presidente só vota em caso de empate, o que não houve uma vez que a suspensão do registro e o indicativo de interdição se deram por unanimidade;
A alegação de falta de transparência e do contraditório é impossível de ter ocorrido, uma vez que o processo ainda não foi julgado, estando aberto o prazo para a manifestação da direção do hospital.
As tratativas entre a empresa do Dr. Diogo Sampaio e o dono do hospital foram iniciadas em fevereiro deste ano, muito antes do período eleitoral do CRM-MT e se arrastaram por meses, sem, contudo, ser formalizado um contrato de prestação de serviços. As orientações repassadas ao dono do hospital não configuram, ao contrário do que afirma o advogado da unidade, uma “direção técnica ainda que informal”, até porque tal definição não existe.
A empresa do Dr. Diogo Sampaio de fato prestou serviços clínicos de anestesia quando a unidade possuia um alvará que permitia a realização de procedimentos cirúrgicos ambulatoriais. Quando a direção da unidade pretendia iniciar a realização de cirurgias com internação, a equipe optou por romper o contrato.
A própria defesa do hospital produz uma prova clara de que o Dr. Diogo Sampaio não era e nem é diretor técnico da unidade. Em áudio, ele afirma que para que fosse formalizado um contrato eram necessários ajustes, incluindo a resolução decorrente da ausência de alvará.
Por fim, a foto que ilustra a reportagem foi tirada em abril deste ano, durante um evento em Belo Horizonte.
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