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Justiça Terça-feira, 27 de Dezembro de 2022, 10:20 - A | A

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Terça-feira, 27 de Dezembro de 2022, 10h:20 - A | A

JUSTIÇA TARDIA

“Antes tarde do que nunca”, dispara presidente do TCE sobre arquivamento de inquérito

José Carlos Novelli, Waldir Teis, Valter Albano, Sérgio Ricardo e Antônio Joaquim foram afastados dos seus respectivos cargos depois de serem citados nas delações do ex-governador Silval Barbosa e do ex-secretário Pedro Nadaf

Da Redação

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro José Carlos Novelli, comentou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que arquivou inquérito contra ele e outros quatro conselheiros por suposto envolvimento em esquema de pagamento de propina. Nesta terça-feira (27), o conselheiro afirmou que o arquivamento, embasado na falta de provas, devolve a credibilidade da Corte de Contas, mas criticou a morosidade do processo.

“Recebo essa decisão com muita tranquilidade, mas ressalto o que sempre disse: justiça tardia não é justiça. Aquela decisão monocrática, que afastou cinco conselheiros sem nenhuma prova, sem nenhuma corroboração, deixou sequelas em todos nós. Mas, antes tarde do que nunca”.

Novelli destacou acreditar que hoje o Tribunal de Contas está ainda mais forte, ágil e respeitado do que quando foram afastados indevidamente e injustamente.

“Fico feliz em saber que a sociedade hoje vai saber a verdade. Nunca, nenhum de nós que fomos afastados necessitou buscar nada além do nosso trabalho e do nosso salário, tanto é que o TCE era referência nacional, e ainda somos, temos sete produtos certificados com o selo ISO 9001, que demonstram nossa qualidade total em desenvolver nosso trabalho”.

José Carlos Novelli, Waldir Teis, Valter Albano, Sérgio Ricardo e Antônio Joaquim foram afastados dos seus respectivos cargos depois de serem citados nas delações do ex-governador Silval Barbosa e do ex-secretário Pedro Nadaf, que tratavam da existência de esquema de pagamento de propina aos conselheiros do TCE em troca da aprovação das contas do governo e de obras, como as da Copa do Mundo de 2014.

Na decisão da última segunda-feira, o ministro Raul Araújo, do STJ, afirmou que o arquivamento era medida que se impõe dada à falta de provas em mais de cinco anos de investigação.

LEIA MAIS: Inquérito que apurava pagamento de propina a conselheiros do TCE é arquivado por falta de provas

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Benedito da costa 27/12/2022

No Brasil funciona assim: a pessoa ter dinheiro, influência, cargo publico relevante, contatos políticos, bem relacionado no meio judiciário. Pode acreditar que tudo que pesar contra, por certo que se reverterá a favor e ainda vai sair como injustiçado.

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