Grupo político ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), intitulado de 'Abin paralela', tentou usar ocorrências de Mato Grosso para incriminar o servidor do Ibama, Hugo Ferreira Netto Loss. À época, Hugo era coordenador de Operações de Fiscalização, chegou a ser exonerado do cargo e ficou na 'geladeira' durante a gestão Bolsonaro. Ele foi reconduzio ao posto pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do governo Lula (PT). De acordo com as investigações da Polícia Federal na Operação “Última Milha”, Hugo se tornou alvo de espionagem porque sua atuação no Ibama contrariou os interesses do ex-presidente.
Investigação traz prints de conversas em que os interlocutores demandam a espionagem e dão a dica de que Hugo Loss poderia ter 'algo contra ele' em Mato Grosso ou no Mato Grosso do Sul. Em entrevista ao O Globo, o servidor do Ibam disse acreditar que tenha sido monitorado numa tentativa do governo obter informações privilegiadas sobre ações contra madeireiros e garimpeiros ilegais.
"Fiquei 414 dias impedido de ir para a Amazônia após as ações de combate ao garimpo e grilagem em terras indígenas. Tomarei as medidas cabíveis para a reparação das ações de assédio executadas por integrantes do governo Bolsonaro", afirmou à reportagem de O Globo.
Além de Loss, também foram espionados outros servidores que davam 'trabalho' à gestão por cumprirem seus deveres funcionais. Para a espionagem eram empregados tanto recursos humanos da Abin, quanto o software FirstMile, destinado a esse tipo de monitoramento. A tecnologia, de acordo com a Polícia Federal, também foi utilizada contra autoridades dos Três Poderes, da Receita Federal, jornalistas e opositores.
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