A perda de força do varejo, de acordo com a FecomercioSP, ocorreu no segundo semestre, com retração de segmentos como o de automóveis, e também com ritmo mais lento de supermercados e lojas de roupas.
"Apesar de positivo, o número sinaliza desaceleração do ritmo de vendas, em consonância com o desempenho da economia brasileira, sobretudo neste segundo semestre. Em 2024, as receitas do setor cresceram 9,3%, alcançando o faturamento bruto mais alto da série histórica, de R$ 1,42 trilhão", dizem os técnicos da entidade.
Segundo a Federação, essa projeção é resultado de uma conjuntura complexa, marcada por elementos positivos e, da mesma forma, por desafios relevantes com os quais o País deverá lidar no ano que se aproxima.
Dentre os aspectos positivos, destacam-se, sobretudo, um mercado de trabalho aquecido, que mantém as famílias consumindo e melhora a renda média. Dados do Ipea apontam que os rendimentos do trabalho cresceram 4% no terceiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2024.
"É a dinâmica que fará o Brasil cumprir as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, entre 2% e 2,5%. Além disso, a inflação começou uma curva de queda a partir do início do segundo semestre, embora ainda permaneça acima do teto da meta, de 4,5%", afirma a entidade.
Outro fator de desestímulo às vendas, principalmente de bens duráveis, são os juros muito altos. A Selic está em 15% ao ano, no maior nível dos últimos 20 anos, posicionando o Brasil com o segundo no ranking de maiores taxas de juros reais do mundo (9,74%), abaixo apenas da Turquia (17,8%).
Ademais, reiteram os economistas da FecomercioSP, as incertezas fiscais aumentam os riscos do ambiente de negócios. "O fato de não haver um plano de corte de gastos robusto, além dos frequentes questionamentos de membros do governo e aliados sobre a redução da taxa de juros, traz muita volatilidade aos mercados, pressionando o câmbio e mantendo a expectativa de inflação em alta, e adiando o início do ciclo de queda dos juros".
(Com Agência Estado)
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