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Economia Quarta-feira, 08 de Outubro de 2025, 17:45 - A | A

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Quarta-feira, 08 de Outubro de 2025, 17h:45 - A | A

Taxas futuras recuam com sinal de derrota do governo na aprovação da MP do IOF

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Após percorrerem boa parte da sessão em baixa contida, os juros futuros negociados na B3 acentuaram o ritmo de queda e tocaram mínimas intradia na etapa final do pregão. Segundo participantes do mercado, a percepção de que a Medida Provisória (MP) 1.303, que cria alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), não deve ser aprovada, foi gatilho para o movimento, em um dia de agenda fraca na divulgação de indicadores e alta nos rendimentos dos Treasuries curtos e intermediários.

A leitura do mercado é a de que, sem as receitas provenientes da medida, o governo seria forçado a cortar gastos. Além disso, a aparente derrota do Executivo foi vista como sinal de perda de força do governo atual, o que reduziria chances de reeleição em 2026. A medida precisa receber aval da Câmara e do Senado ainda hoje para não ser engavetada, aprovação que é considerada pouco provável.

Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 diminuiu de 14,132% no ajuste de ontem a mínima intradia de 14,085%. O DI para janeiro de 2028 cedeu de 13,533% no ajuste a 13,475%, também mínima intradiária. O DI para janeiro de 2029 marcou 13,415%, vindo de 13,461% no ajuste da véspera. No trecho mais longo da curva, o DI para janeiro de 2031 caiu de 13,684% no ajuste a 13,640%.

Diretor de gestão e economista da Alphawave Capital, Tiago Hansen aponta que o movimento de fechamento mais expressivo da curva coincidiu com notícias sobre uma rachadura na base governista, enquanto partidos de oposição e bancadas temáticas orientavam voto contrário à medida. "Faz sentido a queda dos DIs, pois isso seria uma derrota do governo", afirmou Hansen. O Executivo conta com a MP como fonte de arrecadação para 2026, que, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seria de cerca de R$ 17 bilhões.

O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, avalia que a MP "é um verdadeiro quebra-cabeça" do ponto de vista econômico e, se passar da forma como está, pode causar distorções em diversos mercados. Entre as alterações previstas na MP, a mais relevante vem na esteira do IR, com a proposta de equalizar a alíquota em 18% para todos os prazos de investimento, avalia Sanchez. "Anteriormente havia uma alíquota regressiva para incentivar os agentes a manter as aplicações. Agora, a MP aplicaria 18% para todos os horizontes", observa o economista.

"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad já vem falando em alterar a regulação de LCI e LCA sob o argumento de risco na rolagem da dívida. De fato, há competição entre essas modalidades e os títulos públicos, mas a argumentação usada pelo ministro é imprudente, visto que não há qualquer indício de risco significativo na rolagem, considerando o gigantesco colchão criado neste ano", avalia Sanchez. Para ele, porém, a proposta enfrenta grandes dificuldades de aprovação, dado o tempo exíguo para sua tramitação.

Para Rafael Sueishi, head de renda fixa da Manchester Investimentos, a política fiscal tem sido o principal driver na movimentação da curva a termo e, mesmo desconsiderando a MP 1.303, a percepção de risco fiscal segue elevada, o que impede recuo maior dos juros, especialmente nos trechos mais distantes da curva. "O governo está colocando cada vez mais uma agenda popular em discussão, o que mantém o fiscal em foco", diz Sueishi, referindo-se aos debates sobre possível gratuidade na tarifa de ônibus e à aprovação ontem pela Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 14, que prevê aposentadoria integral para agentes de saúde. O texto ainda precisa de aval do Senado.

(Com Agência Estado)

 

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