Ele diz que as empresas, numa primeira reação à medida, devem suspender vendas aos Estados Unidos, até que se tenha uma definição sobre a tarifas. Conforme Castro, agora é a hora de a diplomacia entrar em campo na tentativa de reversão.
Apesar da agressividade da política comercial do governo Donald Trump, o anúncio desta quarta-feira, 9,foi recebido com perplexidade. Ao invés de ficar no piso das tarifas (10%), como chegou a anunciar o presidente americano no dia do tarifaço, 2 de abril - o que na época, trouxe alívio a exportadores -, o Brasil vai pagar a taxa mais alta para entrar nos Estados Unidos, observa Castro.
O presidente da AEB, uma associação de empresas que realizam comércio exterior, tanto exportações quanto importações, diz que esperava uma elevação da tarifa, mas para no máximo 20%. Os 50% estavam fora de cogitação. Além do impacto direto nos embarques aos EUA, a tarifa máxima transmite uma imagem negativa aos demais parceiros comerciais, avalia Castro. "Deixa a impressão de que o Brasil cometeu algo gravíssimo e que, por isso, está sendo penalizado. Na dúvida, ninguém vai querer fazer negócio com a gente. É um cenário que ultrapassa todos os limites."
Segundo Castro, os produtos manufaturados, que já têm dificuldades para competir nos EUA, tornam-se praticamente inviáveis no mercado americano. Buscar novos destinos é a estratégia de todas as economias afetadas pelo tarifaço de Trump, mas no caso do Brasil, ressalta, essa possibilidade é dificultada pelos elevados custos de produção do País.
(Com Agência Estado)
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