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Economia Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025, 14:15 - A | A

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VULNERABILIDADE

Riscos de crimes financeiros 'explodiram' desde legalização de bets, diz Febraban

Isaac Sidney afirma que a legalização das bets aumentou os riscos de crimes financeiros e defende leis mais rígidas para proteger o sistema bancário

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, definiu as apostas esportivas ilegais como uma vulnerabilidade do sistema financeiro. Para ele, desde a legalização das bets, os riscos de ilícitos financeiros "explodiram".

Na abertura do 15° Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLDFT), em São Paulo, Sidney opinou que o Estado "errou bem a mão" ao legalizar os jogos online. No entanto, a atividade passou a ser legitima após a legalização, na visão dele. "O que temos de fazer é fortalecer os nossos laços contra qualquer trilha que faça do que é legal o ilegal", defendeu.

Ele acrescentou que os bancos precisam manter vigilância com recursos ilícitos associados a apostas e exigir que todos os agentes do setor financeiro atuem com rigor nessa frente. E lembrou que o crime organizado agora também atua em cadeias lícitas da economia brasileira.

O presidente da Febraban também chamou atenção para os riscos ligados ao trânsito de grandes valores em espécie. "Os bancos defendem, com muita convicção, a criação urgente de uma lei federal que permita bloquear operações suspeitas e proteger o sistema financeiro. Não há mais espaço para permissividade", pontuou.

Segundo Sidney, o setor bancário exige "celeridade e efetividade" em reformas legais e regulatórias para dar mais agilidade à resposta do sistema ao crime financeiro. "O compartilhamento de informações entre bancos, Banco Central, Coaf e órgãos públicos é vital para antecipar ações estratégicas e fortalecer a resposta rápida aos desafios", destacou, ao dizer que a omissão não pode ser "tolerada" pelo setor público e a sociedade.

Proliferação de instituições

O presidente da Febraban reconheceu que a abertura do setor financeiro é importante para a indústria. No entanto, alertou para a "proliferação" de instituições que se mostram "frágeis e vulneráveis" nos processos de combate ao crime financeiro.

Isaac disse que investigações recentes escancaram "a gravidade do cenário sombrio" e que os bancos estão atentos a esse momento.

De acordo com ele, o sistema financeiro enfrenta desafios inéditos. "Teremos de ser intolerantes com todas as brechas na entrada, na permanência e na exclusão dos criminosos travestidos de clientes", defendeu. "Precisamos elevar integridade do setor", ressaltou.

Isaac acrescentou que os bancos têm reforçado barreiras de entrada do crime e exigem um padrão comum de vigilância para todos os elos do setor. Segundo ele, as instituições bancárias resistem contra quem age de forma "inescrupulosa" para manchar a imagem do setor.

"Precisamos remar numa única direção. Prevenir e combater o crime no âmbito do sistema financeiro não é nenhum favor. É obrigação de todos e não pode ser um cabo de guerra em direções opostas dos que querem e dos que não querem contribuir", argumentou, ao dizer que aqueles que toleram o crime não podem continuar no sistema.

Combate ao crime

Isaac exortou o que chamou de "elos fracos" do sistema financeiro a fortalecerem as estruturas de combate e prevenção de crimes envolvendo o setor.

Ele defendeu que a indústria financeira precisa ser "intolerante" com eventuais brechas na segurança para a entrada no sistema. Segundo ele, os bancos pretendem continuar como "principal escudo" no combate a engenharias financeiras criminosas. "Os bancos brasileiros sérios do País - e asseguro que não são poucos os bancos que agem com seriedade -, renovam o compromisso de, sem qualquer hesitação, continuarem na linha de frente da defesa da integridade do sistema financeiro nacional", ressaltou.

Para ele, instituições que negociem ou se mostrem omissas em relação ao crime financeiro precisam ser alcançadas pelos braços sancionadores do Banco Central, do Coaf e do poder público. Esses órgãos estão endurecendo o processo contra ilícitos financeiros, de acordo com ele. "Os bancos estão do lado dos reguladores", ressaltou.

(Com Agência Estado)

 

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