Segundo o especialista, o México, porém, não tem como adotar esse tipo de postura, considerando sua alta dependência dos EUA.
"Existe uma nova globalização. Blocos econômicos substituem a competição global, que é o mundo multipolar", disse Oliveira.
'Invasão' chinesa
Na avaliação do diretor de Pesquisa Econômica do Banco Pine, a China possui o "próprio quintal" de comércio, mas está começando a "invadir o quintal americano", como a Groenlândia e o Panamá, o que transforma a geoeconomia e afeta a economia e a geopolítica mundial.
Segundo ele, o "problema" dos EUA é com o ganho de potência chinês no mundo. "A China é a principal parceira comercial de 127 países do mundo de um total de 193", ressalta, ao mencionar que o presidente do país asiático, Xi Jinping, favorece a demanda doméstica.
Para o especialista, a China também se destaca pela educação. "O capital humano na China está fazendo toda a diferença. Por exemplo, é o país que mais forma engenheiros no mundo, logo tem o maior capital humano, maior produtividade e maior crescimento de longo prazo", disse.
Outra riqueza chinesa, diz Oliveira, sãos os elementos de terras raras, que são utilizados em veículos elétricos e celulares. O diretor destaca ainda que o país possui a ideia de crescimento forte e acelerado, bem como um projeto para 2025, que visa transformar o país em líder mundial em 10 setores, inclusive em alta tecnologia relacionada ao complexo militar/defesa, TI/IA/maquinário agrícola.
"Mesmo com a covid-19, eles conseguiram a liderança em nove setores. Eles também possuem o 'China 2035', que tem como objetivo fazer com que a China tenha aumento de renda per capita, como em países europeus", afirma ele.
Oliveira pontua também que o aumento do superávit chinês vem de mercados emergentes, sendo a própria China um destaque positivo nos últimos 40 anos entre países emergentes, assim como Índia e Coreia do Sul. "Brasil e África do Sul tiveram desempenho medíocre no período, enquanto a Argentina é o destaque negativo", acrescenta.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.