"Dados do varejo, do IBGE, bem fracos e abaixo do esperado, tiveram influência sobre o desempenho do Ibovespa na sessão, com o sinal que a leitura dá sobre a economia, considerando que os juros permanecem em níveis restritivos. Economia está mais fraca, o que traz preocupação sobre a geração de caixa das empresas", diz Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
Dessa forma, na ponta perdedora do Ibovespa na sessão, destaque para nomes do setor de varejo e consumo, como CVC (-10,78%), Pão de Açúcar (-10,56%), Petz (-5,91%), Assaí (-4,98%) e Magazine Luiza (-4,27%).
Na ponta oposta, MRV (+6,63%), SLC Agrícola (+1,35%), Brava (+1,22%), Natura (+1,16%) e Localiza (+1,10%). Entre as blue chips, o dia foi amplamente negativo, à exceção entre os grandes bancos de BB ON, que subiu 0,21%. Entre as maiores instituições financeiras, o ajuste ficou entre -0,22% (Santander Unit) e -1,07% (Bradesco ON).
A principal ação do Ibovespa, Vale ON, fechou em baixa de 0,39%, enquanto Petrobras cedeu 0,48% na ON e 0,75% na PN, com o prosseguimento da correção do Brent e do WTI. Prevalecem no momento receios quanto à demanda pela commodity, após a Agência Internacional de Energia (AIE) ter previsto um maior superávit de oferta, adiante, acompanhado por um aumento inesperado nas reservas de petróleo bruto dos EUA, na semana.
No cenário mais amplo, após ter efetivado uma sequência de quatro ganhos no começo de agosto, entre os dias 1º e 7, o Ibovespa volta a mostrar dificuldade para retomar o patamar de 138 mil pontos e convergir, assim, para níveis do começo de julho, há mais de um mês. Nas últimas quatro sessões, obteve ganho em apenas uma delas, na terça, então em alta de 1,69%, permanecendo preso a uma faixa relativamente estreita, entre 135 e 137 mil pontos.
No período da tarde, em segundo plano, o mercado financeiro também digeriu o pacote de contingência do governo federal para mitigar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Na avaliação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), "medidas para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional são importantes e demonstram compromisso com a defesa dos setores produtivos nacionais".
(Com Agência Estado)
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