"Os dados dos novos indicadores da sondagem tem reforçado a leitura de mercado de trabalho aquecido. Apenas uma pequena parcela dos ocupados indicam medo de perder seu trabalho ou fonte de renda. Com a taxa de desocupação se mantendo nos menores níveis da série histórica, é natural que os trabalhos sintam maior segurança nas suas ocupações ou em uma recolocação, caso fosse necessário. Por outro lado, apesar desses resultados favoráveis, é possível notar alguns primeiros sinais de desaceleração, como a mudança de intensidade nas respostas", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Ibre/FGV, em nota oficial.
Segundo a FGV, houve ligeiro aumento ao longo dos últimos meses na soma das parcelas "muito improvável" e "improvável", passando de 54,2% em junho para 55,6% em novembro. Porém, a fatia afirmando ser "muito improvável" caiu de 14,3% em junho para 7,8% em novembro, enquanto a parcela que avalia ser "improvável" aumentou de 39,9% para 47,8% no período.
"A migração de respondentes da parcela 'muito improvável' para 'improvável', parece indicar uma menor segurança, comparado com o que se observava nos meses anteriores. Vai ser importante olhar a dinâmica desse indicador nos próximos meses, para ver se a desaceleração da atividade, de fato, está impactando a percepção de segurança dos trabalhadores", completou Tobler.
A sondagem mostrou ainda uma redução na fatia de pessoas muito satisfeitas com o próprio trabalho principal, de 14,3% em outubro para 11,7% em novembro. A fatia de satisfeitos subiu de 62,6% para 64,5%, enquanto a proporção de insatisfeitos passou de 6,1% para 5,9% no período.
Houve ligeira piora na proporção de pessoas que enxergam a renda atual do trabalho como suficiente para arcar com despesas essenciais, descendo de 70,1% em outubro para 69,8% em novembro.
A coleta de dados da Sondagem do Mercado de Trabalho referente ao trimestre encerrado em novembro ocorreu entre os dias 1 de setembro e 30 de novembro.
(Com Agência Estado)
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