"Ainda que a inflação esteja desacelerando - ficou em 5,13% no acumulado até agosto - e que a atividade econômica dê sinais cada vez mais claros de enfraquecimento - o IBC-Br, prévia do PIB, de agosto, caiu 0,50% -, o Copom deve manter, acertadamente, a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, em 15% ao ano", reforçam os economistas da FecomercioSP.
Isso porque, de acordo com a federação, a conjuntura do País está longe de ser tranquila. Os economistas assinalam que além de a inflação de serviços seguir acima de patamares saudáveis - como o grupo de alimentação fora do domicílio que, no escopo de medição do IBGE, permanece na casa dos 6% no acumulado em 12 meses -, há o fator fiscal.
"O governo apresentou uma proposta de orçamento para 2026 (LOA) com uma elevação significativa da arrecadação pública, mas não mostrou nada que aponte para uma contenção de seus gastos. Era tudo o que o mercado esperava para ajustar suas expectativas de inflação mais baixas ainda em 2025 ou no ano que vem", observam os economistas da FecomercioSP.
Eles lembram que no último Boletim Focus, a estimativa era de um IPCA na casa de 4,8% em dezembro - acima do teto da meta estipulada. Ainda, de acordo com eles, a atividade econômica aponta para uma desaceleração moderada, que demanda cautela. "Se o comitê afrouxa os juros agora, depois terá um custo maior, caso precise elevá-los novamente no futuro".
(Com Agência Estado)
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