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Economia Segunda-feira, 10 de Novembro de 2025, 18:30 - A | A

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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2025, 18h:30 - A | A

Dólar cai a R$ 5,30 com expectativa de fim de shutdown nos EUA

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O dólar emendou nesta abertura da semana o quarto pregão consecutivo de queda e flertou com o rompimento do piso de R$ 5,30. Divisas emergentes avançaram com o apetite ao risco no exterior diante da perspectiva de fim da paralisação (shutdown) da máquina pública nos Estados Unidos, após entendimento político no Senado americano.

O real apresentou nesta segunda-feira, 10, ganhos inferiores a pares como os pesos chileno e colombiano, além do rand sul-africano. Operadores lembram que há certa cautela quando a taxa de câmbio se aproxima de R$ 5,30, nível técnico que, se rompido, poderia abrir espaço para uma rodada ainda mais forte de apreciação da moeda brasileira.

Com mínima de R$ 5,3043, o dólar à vista encerrou a sessão desta segunda, em baixa de 0,53%, a R$ 5,3073 - menor valor de fechamento desde 23 de setembro (R$ 5,2791). A moeda americana já acumula baixa de 1,36% em relação ao real nos primeiros seis primeiros pregões de novembro, após avanço de 1,08% em outubro. No ano, as perdas são de 14,12%.

"A possibilidade do fim do shutdown nos Estados Unidos animou o mercado e estimulou o apetite ao risco, provocando essa busca dos investidores por moedas emergentes", afirma o economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo.

O economista observa que o Boletim Focus, embora tenha revelado apenas mudanças marginais nas expectativas, ratifica o quadro de desinflação, o que se traduz em aumento do juro real. "Isso tem trazido muito capital para o Brasil. Além disso, temos um bom comportamento de algumas commodities, o que é positivo para a nossa moeda", diz Galhardo.

No exterior, o índice DXY - que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - rondou a estabilidade ao longo do dia, por volta dos 99,580 pontos. Em outubro, o Dollar Index recua pouco mais de 0,10%. As taxas dos Treasuries apresentaram leve alta.

Com eventual fim do shutdown, que depende ainda de entendimento na Câmara dos Representantes dos EUA, haverá a retomada de divulgação de vários indicadores oficiais dos EUA, em especial do mercado de trabalho, dando mais subsídios para as apostas em torno dos próximos passos do Federal Reserve.

À tarde, o diretor do Federal Reserve Stephen Miran, indicado por Donald Trump, voltou a defender um corte de 50 pontos-base dos juros em dezembro, mas ponderou que, se não for este o caso, é necessário uma redução mínima de 25 pontos-base. Pela manhã, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse que não quer "cometer o erro de manter taxas de juros altas por muito tempo", ressaltando, contudo, que a política monetária deve seguir restritiva para domar a inflação.

Embora o quadro externo guie os negócios, Galhardo afirma que a aprovação da reforma do Imposto de Renda no Senado brasileiro no fim da semana passada, com isenção para quem recebe até R$ 5 mil por mês, tende a evitar um desaquecimento mais expressivo da economia em 2026, afastando temores de perdas mais fortes da arrecadação. "Isso reduz as preocupações de curto prazo com as contas públicas, o que diminui a percepção de risco e favorece ativos domésticos", afirma o economista.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a tramitação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 está "bem encaminhada", depois de o Congresso ter ajustado a LDO de 2025 para autorizar o Executivo a contingenciar gastos pelo piso da meta fiscal. "Vamos fechar a LDO da maneira como a Fazenda e o Planejamento pretendem, e isso vai dar muita previsibilidade para a execução orçamentária no ano que vem", disse Haddad, em entrevista à CNN Brasil.

Fontes da equipe econômica avaliam que o Brasil voltou a abocanhar uma fatia da enorme liquidez no mercado internacional que busca investimentos em mercados emergentes, segundo apurou o repórter da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Altamiro Silva Junior. Esse apetite pelos ativos locais estaria evidenciado pelos recordes seguidos do Ibovespa, que já ultrapassou os 155 mil pontos, o recuo na percepção de risco, medida pelo Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, e captação de US$ 2,25 bilhões com a emissão de títulos sustentáveis feita pelo Tesouro na semana passada.

(Com Agência Estado)

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