"O setor de construção está em um momento não muito positivo, bastante desafiador por causa dos juros altos", disse o presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cássio Tucunduva, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Nos últimos dois meses, sentimos um movimento de retração nas vendas. O programa tem a total possibilidade de reverter isso", apontou. "O programa vai ser de grande valia para as lojas e também para o consumidor."
De acordo com dados do governo federal, a meta inicial do programa é atingir 1,5 milhão de contratações. Para isso, contará com R$ 30 bilhões do fundo social e outros R$ 10 bilhões da Caixa Econômica Federal, totalizando um orçamento de R$ 40 bilhões. Os financiamentos vão de R$ 5 mil a R$ 30 mil por família.
O presidente da Anamaco acredita que esses valores podem ter um efeito multiplicador. "Quando uma família vai fazer uma reforma, o valor pode ir além dos R$ 30 mil. Sendo assim, ela tende a complementar o financiamento com o seu próprio capital. Então, o valor injetado no setor pode ir para mais de R$ 40 bilhões ou R$ 45 bilhões. Vemos como um fator que pode, realmente, elevar e muito as nossas vendas", afirmou.
Como o programa entrará em vigor somente em novembro, o grosso do efeito sobre as vendas é esperado apenas para 2026. A projeção da Anamaco é que o faturamento do varejo de materiais deve ficar em torno de R$ 240,0 bilhões em 2025. Se confirmado, esse montante representará uma leve alta de 2,6% na comparação com 2024, quando somou R$ 233,8 bilhões.
Segundo levantamento da Anamaco, o faturamento das lojistas de materiais cresceu 3,1% entre janeiro e agosto de 2025 na comparação com os mesmos meses de 2024. O dado, em si, não é considerado ruim, a não ser pela percepção de piora mais aguda vista recentemente.
(Com Agência Estado)
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