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Economia Quarta-feira, 01 de Agosto de 2012, 08:53 - A | A

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Quarta-feira, 01 de Agosto de 2012, 08h:53 - A | A

REFLEXOS

Alta no valor do calcário deve refletir no custo da safra 2013

Em um ano, o aumento chegou a 29%, saindo de R$ 39,03 a tonelada em julho de 2011 para R$ 66,33/t em junho desse ano

DA REDAÇÃO

O preço médio do calcário, acrescido do frete, aumentou em Mato Grosso e vai impactar no custo de produção para a próxima safra de soja. Em um ano, o aumento chegou a 29%, saindo de R$ 39,03 a tonelada em julho de 2011 para R$ 66,33/t em junho desse ano. O principal motivo foi a elevação no valor dos insumos usados no plantio do grão, que subiu cerca de 49% no Estado. Em alguns municípios como Jangada e Cáceres o acréscimo nesse item chegou a 63% e 60% respectivamente. Já o frete no transporte do calcário apresentou incremento de 12%, em média. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgados nesta segunda (30.7).

Com a nova lei que regulamenta a carga horária do caminhoneiro entrou em vigor dia 30, o frete no Estado subiu 30%. Porém, segundo o analista de mercado do Imea, Cleber Noronha, o percentual não será todo repassado para o custo do calcário, pois as distâncias para o transporte do produto são relativamente pequenas quando comparadas a outras atividades da cadeia produtiva. “As viagens de frete do corretivo duram em médio 8 horas, o que não deve representar portanto um grande aumento a partir de agora”, conclui. Boa parte do calcário utilizado na safra de soja é produzido em Mato Grosso.

No entanto, o reajuste no preço do diesel ocorrido este mês (até 8%) pode interferir nos gastos com a semeadura do novo ciclo de soja. “A alta do frete é esperada para os próximos meses em função do aumento do diesel, portanto os produtores devem se preparar”.

O calcário é o principal corretivo de solo, e um dos principais itens da preparação para o plantio devendo ser aplicado no mínimo com 60 dias de antecedência a plantação da safra. “Existem alguns produtores que deixam para a última hora podem se surpreender com os custos”, explica.

O analista explica que os agricultores que abrirem novas áreas ou utilizarem espaços antes destinados à pecuária sentirão em maior grau o impacto no preço calcário, até porque são obrigados a lançar mão do produto para equilibrar o solo. “Como a demanda é diferenciada os custos também são”, pontua.

(Com informações da assessoria)

 

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Mayke Toscano/Hipernotícias

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