Estima-se que cerca de 30 mil toneladas da proteína brasileira estavam em alto-mar ou embarcadas nos portos nacionais prontas para serem encaminhadas aos Estados Unidos após o anúncio da imposição da tarifa em 9 de julho.
Sobre a carne bovina ter ficado fora da lista, Perosa ressaltou que vários itens não entraram no rol de exceções. "O governo está tentando negociar. Nós estamos tentando conversar com importadores para que continuem negociações lá nos EUA também", disse o presidente da entidade.
O presidente da Abiec afirmou, ainda, que o setor segue acreditando nas negociações conduzidas pelo governo brasileiro. "Continuamos acreditando que o governo brasileiro está se esforçando para negociações, mas a alternativa é distribuir esse volume ao redor do mundo. Não há nenhum mercado com tanta especificação e rentabilidade quanto o americano. Não há um substituto imediato", apontou, destacando que os Estados Unidos são o segundo principal mercado da carne bovina brasileira. "Em curto prazo, não há tempo de fazer essa destinação. Os frigoríficos já pararam de produzir esses cortes específicos para os EUA", ponderou.
De acordo com Perosa, caso o tarifaço seja mantido, as exportações brasileiras para o mercado norte-americano se tornam inviáveis. Ele ressaltou que a expectativa da indústria era exportar 400 mil toneladas de carne bovina brasileira ao mercado norte-americano neste ano. "Essa taxação inviabiliza as exportações. Se for mantida, agora os EUA terão de se suprir de outros mercados porque a carne bovina deixa de ser competitiva, mas apostamos ainda que haja negociação para retomar o fluxo normal do comércio", pontuou.
O presidente da Abiec defendeu ainda que, na negociação entre os países, seja considerada a produção complementar de carne bovina de ambos, já que o produto fornecido pelo Brasil é destinado para produção de hambúrgueres, e o potencial impacto inflacionário da medida para o mercado americano.
(Com Agência Estado)
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