Diretor do Departamento de Arquivos e Documentos da Cúria Metropolitana de Cuiabá, padre Felisberto tem uma grande preocupação: o fato do rico acervo religioso de Cuiabá estar disperso por muitas igrejas, pode continuar resultando em perdas irreparáveis para a memória religiosa mato-grossense. Sabe-se, por exemplo, que ao longo dos anos peças raras das igrejas de Cuiabá foram dadas de presentes, doadas e até vendidas para colecionadores de preciosidades. “Tem peças raras das igrejas de Cuiabá até no Rio de Janeiro”, relata padre Felisberto.
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São imagens de santos, sinos, relógios, vestimentas de bispos, padres, coroinhas, castiçais, camas, cadeiras e escrivaninhas, lençóis, tapetes, cruzes, rosários e tantas outras coisas relacionadas à igreja católica de Cuiabá que poderiam ser agrupadas em um único espaço para facilitar à população conhecê-las melhor. Não apenas conhecê-las, mas se inteirar também da história delas, através de material descritivo, com base em pesquisas que poderiam ser feitas para buscar e comprovar sua origem e autenticidade.
O fato do acervo da igreja católica estar espalhado por diversas igrejas e muitas vezes nem exposto em locais adequados nos próprios templos religiosos, dificulta a população conhecer muitas preciosidades que encerram o passado do cristianismo em Cuiabá. E se a população cuiabana já tem dificuldades para conhecer o acervo das igrejas, imagine quem vem de fora, como é o caso de milhares de estrangeiros que virão a Cuiabá assistirem jogos da Copa do Mundo de Futebol e que geralmente ficam apenas algumas horas na cidade.
Já funciona em Cuiabá o Museu de Arte Sacra de Mato Grosso, cuja sede fica no Seminário de Nossa Senhora do Bom Despacho e administrado pela OSS Casa dos Guimarães. Com a transferência da Canção Nova, rede de televisão e rádio, para o Rincão do Meu Senhor, no Cristo Rei, em Várzea Grande, o Museu de Arte Sacra passará a contar com maior área, mas não suficiente para acomodar os mini museus de todos os templos num lugar só. Quem tiver em casa ou souber do paradeiro de preciosidades da igreja católica é só procurar o padre Felisberto na Cúria Metropolitana para fazer a doação.
Segundo o padre Felisberto, a concentração do acervo religioso de Cuiabá num espaço é importante para fortalecimento e revitalização do museu, inclusive para manutenção de peças raríssimas que a ferrugem do tempo pode prejudicar e até destruir. Principalmente as preciosidades mais antigas de madeiras precisam de manutenção permanente para não correr o risco de serem destruídas por insetos como o temido cupim.
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