O delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gianmarco Paccola, terá o prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito que investiga irregularidade na licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Porém, caso no final do prazo o inquérito não esteja concluído, o trabalho poderá ser prorrogado, conforme o desenvolvimento das investigações Mayke Toscano/HiperNotícias Secretário Diógenes quer que todas as denúncias sejam apuradas
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A indicação foi feita após o governador Silval Barbosa (PMDB) ter ordenado, no início desta semana, que o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, designasse um delegado de Polícia para apurar as denúncias de supostas irregularidades na licitação do VLT, que foram veiculadas na imprensa recentemente.
“O VLT é o maior projeto para Copa do Mundo em Mato Grosso e o Estado não pode ser colocado em xeque em relação a isso. São denúncias graves e que o Estado tem obrigação de apurar. E a Secretaria de Segurança vai dar todo apoio necessário para que o delegado possa desenvolver as investigações”, destacou Diógenes Curado.
Segundo o secretário de Segurança Pública, se necessário, o delegado terá apoio do setor de Inteligência das polícias Civil e Militar para proceder as investigações.
O prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias podendo ser prorrogado conforme o desenvolvimento das investigações. “Vamos tomar todas as medidas necessárias para que o inquérito seja concluído o mais rápido possível”, enfatizou Curado.
O governador Silval Barbosa vem tomando medidas enérgicas após as denúncias de irregularidade na licitação do modal de transporte. No início desta semana ele demitiu o assessor especial do vice-governador Chico Daltro, Rowles Magalhães, que revelou um esquema de corrupção na escolha da empresa para a construção do projeto do VLT, orçado em R$ 1,47 bilhão.
Rowles Magalhães era funcionário da empresa Infinity, que teria oferecido o estudo de viabilidade do VLT ao Governo do Estado, em troca da participação da estatal portuguesa Fercosult do projeto. Mas a proposta foi recusada. Sentindo-se traido, Magalhães denunciou através do portal UOL, que a licitação foi fraudada, com o consórcio vencedor pagando propina de R$ 80 milhões ao "staff" do governo de Mato Grosso para garantir a vitória.