A Operação Mercenários, desencadeada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (26), com intuito de desmantelar um grupo de extermínio que vem atuando em crimes de execuções na cidade de Várzea Grande, conseguiu apreender diversas armas utilizadas nos crimes e também tirou de circulação 17 pessoas, sendo seis policiais e mais seis vigilantes, ou seja, pessoas que tinham total controle com armas. “Por isso a maioria dos crimes as vítimas foram mortas com tiros na cabeça”, disse um policial.
Para manter a ordem nas investigações e assegurar a fase de investigação, a polícia cumpriu mandado de prisão contra: José Francisco Carvalho Pereira (Ceará), José Edimilson Pires dos Santos, Helbert de França Silva, Ueliton Lopes Rodrigues, Jefferson Fatimo da Silva, Claudiomar Garcia de Carvalho, Deivison Soares do Amarente, Francisnilson Deivison do Carmo Tavares, Claudemir Maia Monteiro, Pablo Plínio Mosqueiro Aguiar, Marcos Augusto Ferreira Queiroz, Fernando Marques Boabaid, Edervaldo Freire, Vagner Dias Chagas, Roni José Batista, Diego Santos Silva, Jonathan Teodoro de Carvalho.
Destes, são policiais militares os suspeitos: Ueliton Lopes Rodrigues, Claudemir Maia Monteiro, Pablo Plinio Mosqueiro Aguiar, Fernando Marques Boabaid, Vagner Dias Chagas e Jonathan Teodoro de Carvalho. Todos lotados em Várzea Grande.
Ainda foi preso o ex-policial Helbert de França Silva Silva, que foi excluído da corporação esse ano por motivos de tortura, ocorrido em 2007, nos fundos do Condomínio Santa Inês, em Cuiabá. Na época, ele pertencia ao comando da Rotam.
Na decisão, obtida com exclusividade pelo HiperNotícias, o juiz Otaviano Peixoto, declarou que os seis policiais presos, mantinham uma espécie de “informal divisão de tarefas”. “Isso deverá ser melhor analisado com a conclusão dos trabalhos, haja vista a típica atividade de grupo de extermínio, que ceifam vidas com diversos tiros de armas de fogo, agindo sempre, no mínimo, em dupla e com diversos agentes na preparação e retaguarda”, diz trecho da decisão do magistrado de Várzea Grande.
A polícia suspeita que apenas um dos presos pode ter sido responsável por mais de 60 execuções, porém o decreto de prisão não cita quem é o suspeito.
A descoberta do grupo de extermínio aconteceu após o setor de inteligência da Polícia Civil interceptar telefonemas com conversas dos envolvidos. O juiz argumenta ainda que os líderes do bando eram: José Francisco Carvalho Pereira (Ceará), José Edimilson Pires dos Santos, Helbert de França e Silva, Ueliton Lopes Rodrigues, Jefferson Fatimo da Silva, Claudiomar Garcia de Carvalho.
“Esses foram as pessoas que tiveram constante participação em planejamento e execução das vítimas, conforme áudios de interceptação telefônica. O que reforça a liderança desses suspeitos aos demais envolvidos”, diz trecho da nota.
Por fim, o magistrado Otávio Peixoto, diz que foi apurado nas investigações que a organização criminosa possui como principal motivação o “comércio da morte”, e não somente exercício de justiça privada, visto que além de indivíduos que possuem passagens criminais, ceifam vidas de forma “mercenária”.
Uma das mortes citadas como exemplo aconteceu no bairro Jardim Aeroporto, em Várzea Grande, quando dois homens armados mataram um gerente de lojas dentro de sua caminhonete. O crime seria passional, porém foi investigado pela Força Tarefa da DHPP como crime praticado e elaborado pelo Grupo de Extermínio.
O advogado Marco Antonio Dias Filho, que faz a defesa para Pablo Plínio, Roni José Batista e Diego Santos Silva, foi o único que falou com a imprensa nesta manhã na porta Da DHPP. Dias disse que não tomou conhecimento sobre os fatos que envolvem seus clientes e aguarda obter dados do processo para traçar estratégia.
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Edson Júnior 26/04/2016
Muito triste essa notícia, não há nada a ser comemorado, pois acreditávamos que eram mortes entre bandidos. Se assim o fosse estaria tudo tranquilo, mas quando aqueles que agem contra o juramento de servir e proteger vai para esse lado fica temerário, pois matar por dinheiro é abominável, nessa seara pode um pai de família ser morto também a mando de um desafeto.
Amanda Patricia 26/04/2016
Jose Francisco Carvalho, esse homem já sefou muitas vidas na região da grande Cristo Rei e sem falar que seu filho menor de 15 anos também anda armado no bairro, ninguém podia passar na rua onde ele mora que já queria matar as pessoas, porque tem cobertura da polícia. Ceará como é conhecido no bairro já matou muitas pessoas e achava o dono do bairro, esse homem merece pagar por todos os crimes que já cometeu e ameaças, porque quantas pessoas já foi embora do bairro parque do lago por causa dele. Espero que a justiça faça ele pagar pelos crimes cometidos.
2 comentários