O treinador de futebol Júlio Cesar Patini, preso no dia 15 de maio por estupro de vulnerável e aliciamento de menores, foi candidato a vereador pelo Partido Progressista (PP) nas eleições de 2008, em Cuiabá.
Naquela oportunidade, ele teve 142 votos. Seu nome na urna eletrônica aparecia como Patini do Esporte, e ele foi candidato mesmo já sendo alvo de investigação do Ministério Publico Estadual (MPE). Mas, como não haviam provas ele continuou em liberdade.
Na época, Patini só treinava crianças e adolescentes no Campo do Adauto Botelho, localizado no bairro Coophema, em Cuiabá. Ele foi lançado pelo partido como uma liderança na área de esportes e chegou a ser cogitado para atuar na Secretaria de Esportes e Lazer de Cuiabá, porém não foi nomeado.
Segundo a Polícia Civil, Patini já cometia crimes contra crianças desde 2005. Ele usava de má fé para enganar jovens atletas, prometendo viagens para jogar fora e até materiais esportivos caso o jogador mantivesse relação sexual com ele.
Depois de 2010, Patini abriu mais duas escolinhas e continuou dando aulas de futebol e praticando crimes. Segundo a Delegacia Especializada em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), ele já teria cometido estupro em pelo menos 50 meninos.
“As suas vítimas sempre eram meninos. Ele realizava até churrasco após o treino para levar seus jogadores prediletos. Lá ele oferecia viagens e até roupas esportivas para os meninos, que caiam na lábia dele e eram abusados”, disse o delegado Eduardo Botelho, que cumpriu o mandado de prisão expedido pela 14ª Vara Criminal de Cuiabá.
Patini foi preso junto com Gesiel Gomes, o Deddy, que também é suspeito pelos mesmos crimes. Geisiel, segundo investigações, foi aluno de Patini no passado e começou a acompanhar o “professor” nos atos de estupros. Ele, junto com Patini, atuavam em campos dos bairros Residencial Coxipó, Itapajé, Coophema, Jardim Gramado e Chácara dos Pinheiros.
Ambos estão preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá temporariamente, onde podem permanecer por 30 dias, podendo esse prazo prorrogar por mais 30 até que as investigações sejam concluídas.
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