A tragédia no Rio Grande do Sul, que já matou mais 150 pessoas, mobiliza doações, trabalho voluntário e deu, até mesmo, uma 'pausa' na polarização no país, protagonizada pelos movimentos políticos de esquerda e direita, em prol da ajuda às famílias gaúchas afetadas pela enchente histórica e da reconstrução do estado. A análise do cenário devastador é o assunto debatido com o economista Vivaldo Lopes no HNT TV, desta sexta- feira (17), no Youtube.
O setor industrial gaúcho é o 6º maior do Brasil e foi duramente atingido pela chegai do rio Guaíba, assim como a produção de arroz do estado. O Rio Grande do Sul é principal produtor do país do grão (78% da produção nacional). Para o economista Vivaldo Lopes, o prejuízo na indústria e na produção de alguns produtos vai impactar o bolso do consumidor.
“A tragédia no Rio Grande do Sul mobilizou ajuda humanitária e até política, como foi o caso da decisão do presidente do Lula, do PT, em suspender por três anos a dívida do estado, de cerca de R$ 12 bilhões. Situação política, porque o governador Eduardo Leite é do PSDB, que não é da base governista. E vai ser preciso ainda mais desta força-tarefa, porque o estado que mais produz arroz perdeu parte de uma safra com a enchente. As indústrias têxtil, de alimentos, implementos agrícolas e automobilística foram inundadas também. Isso vai chegar no consumidor”, analisa Vivaldo para o HNT TV.
Sob a ótica do especialista, as atividades da indústria devem ser retomadas em dois anos para garantir a manutenção dos serviços e a produção. Já para a reconstrução do estado e o amparo total à população do Rio Grande do Sul, a estimativa é de cinco anos.
"Cerca de 75% do estado foi devastado pela enchente. Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 397 deles foram atingidos. Empresas gigantes, importantes para economia brasileira, como Gerdal, Renner, Marcopolo, e bancos já estão se mobilizando para se reerguer. O prazo dessa retomada é de cerca de dois anos para setor econômico. Agora, o estado como um todo precisará em média de R$ 100 bilhões para recontrução”, estima o economista.
Ainda no episódio do HNT TV, o especialista detalha como o governo de Mato Grosso fez a doação de R$ 50 milhões para o Rio Grande do Sul e de onde saiu o recurso. Vivaldo explica ainda como foi vista a atitude do governo estadual mato-grossense no mercado e politicamente. Ainda na mesma ocasião, Vivaldo elucida o que motivou o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, não perdoar a dívida de R$ 12 bilhões do governo gaúcho nesse momento difícil.
A entrevista completa já está disponível no HNT TV no Youtube.
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