Iniciada há quatro anos, a obra de reforma do aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, foi novamente paralisada. Desta vez, a suspensão dos serviços foi decretada pelo governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Cidades (Secid).
Considerado o pior entre os 15 aeroportos mais movimentados do país, conforme pesquisa divulgada pelo Ministério dos Transportes em outubro, o aeroporto está longe de ter suas obras concluídas. A suspensão por 70 dias sob a justificativa de descumprimento do prazo previsto dentro do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG). A entrega deveria ser entregue no dia 20 de outubro passado pelo consórcio responsável.
“Parece uma rodoviária. Aliás a rodoviária do Rio é maior que este aeroporto”, disse Tatiana Sabino, que acabava de chegar ao aeroporto vinda do Rio de Janeiro. Ela aguardava voo para Sinop na manhã de sexta-feira (4). As reclamações quanto a infraestrutura do local são corriqueiras entre os passageiros e pessoas que trabalham no aeroporto.
“Eu achei pequeno para um aeroporto internacional e também não há climatização. Apesar de hoje estar um dia agradável, não é perceptível a climatização aqui”, completou Tatiana.
A suspensão dos trabalhos foi assinada pelo secretário Eduardo Chiletto, no dia 26 de outubro e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 28 de outubro.
Conforme a assessoria de imprensa da Secid, os 70 dias de pausa nos trabalhos são necessários para se definir qual a providência será tomada em relação ao consórcio. Pode ser aplicada nova multa, determinado um novo prazo de entrega ou rompimento do contrato com o consórcio.
Quem também reclama das condições do aeroporto são as pessoas que trabalham no local. São frequentes as solicitações de informações aos atendentes dos quiosques, pois não conseguem encontrar o local que procura. Além na falta de indicação, o forte calor é mais um dos incômodos enfrentados.
“Esse aeroporto é um lixo se comparado com outros aeroportos. Em dia de muito calor isso aqui é insuportável. Falaram que iriam colocar películas na vidraça, mas agora pararam as obras. Dizem que têm ar condicionado, mas a gente não percebe por que pe muito quente. Nem tem teto, como que vai ter ar condicionado”, disse Cristine Matos, que trabalha no aeroporto há dois anos.
Uma reunião entre Secid e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para tratar do aeroporto estava marcada para esta sexta-feira (4), porém a assessoria de imprensa da Secretaria informou que o encontro foi cancelado. Ainda não foi remarcada uma nova data, mas a assessoria adiantou que será ainda na primeira quinzena de novembro.
Orçada em R$ 83,9 milhões, as obras no aeroporto foram iniciadas em dezembro de 2012 e ficaram paradas por 10 meses, ainda na gestão passada, sendo retomadas em outubro de 2015. Desde então foram executados 75,30% do total contratado, conforme relatórios da Secid. Já foram pagos R$ 64,9 milhões pelos serviços realizados.
As melhorias previstas na reforma englobam instalação de pontes de embarque, reforma e adequação de vias de serviço, sinalização horizontal do pátio de aeronaves, adequação e ampliação do sistema rodoviário interno do aeroporto.
Também fazem parte da obra a ampliação da Central de Utilidades, a construção de nova área de equipamentos de rampa, ampliação dos sistemas de infraestrutura básica, ainda a construção do estacionamento do novo prédio administrativo da Infraero e o terminal de passageiros.
USUÁRIO AVALIA
Bruno Oliveira, que mora no Ceará e acabava de chegar a Cuiabá a passeio, nesta sexta-feira (04), informou que "não encontrou dificuldade em se localizar. Para mim a estrutura é boa”, relatou o visitante que está na capital pela segunda vez.
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