Na tarde desta sexta-feira (3) profissionais da educação e estudantes realizaram uma manifestação em frente a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) contra o sobrevoo de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) sobre o Colégio Notre Dame de Lourdes, na Capital, na quinta-feira (2). Conforme publicado pelo portal G1, o ato teve organização da União Estadual dos Estudantes.
Um dia antes do sobrevoo, uma professora foi afastada da instituição após fazer comentários sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante aula.
Vários cartazes escritos frases como "Censura não!" e "Quem pagou o Helicóptero?" foram levados à manifestação.
Ainda na quinta-feira, a Ouvidoria-Geral da Polícia Militar informou que fará um questionamento formal sobre o uso do helicóptero do Ciopaer. Além disso, a unidade disse que a intenção do pedido visa evitar a utilização da máquina pública para eventos particulares.
“O questionamento visa preservar as instituições do possível uso político de caros equipamentos públicos de segurança”, diz outra parte do comunicado.
A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou por meio de nota que o sobrevoo da aeronave no colégio atendeu a um pedido da escola. No comunicado enviado à imprensa, a pasta esclareceu que o “desfile” não teve conotação política e que faz parte da Semana da Pátria.
Professora afastada
Em um áudio, obtido pelo HiperNotícias, durante uma aula sobre demarcação de terras indígenas, a professora da escola acusa o presidente de ser a favor do desmatamento e da invasão de garimpeiros em terras indígenas.
“Ele é a favor dos desmatamentos. Ele é a favor que os garimpeiros façam a destruição lá das terras indígenas. A Polícia Federal essa semana foi nas terras indígenas, teve umas máquinas que eles tacaram fogo e outras eles afundaram nos lagos. Pois é, porque, além da destruição da natureza também está prejudicando o povo indígena, as terras deles. Ai, os garimpeiros e o presidente da República ele é a favor disso. Então, nós temos que começar a pensar, o que nós queremos para o nosso Brasil”, diz parte do áudio.
A profissional foi afastada por três dias. O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Estado de Mato Grosso (Sintrae-MT) afirmou ao HNT que vai acionar a Justiça para apurar quem são os culpados de gravarem e divulgarem o áudio da professora.
LEIA MAIS: Sintrae aciona Justiça para apurar gravação e divulgação de áudio de professora
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