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Servidores se reúniram após a negociação com o governo; greve no setor desestabiliza várias cadeias produtivas |
A greve dos servidores do Meio Ambiente continua e prejuízos no setor são incalculáveis por falta de liberação de licenciamentos. Na reunião na quarta-feira (06) entre servidores paradose o secretário José Lacerda (Casa Civil) indica que a paralisação no setor continua por não chegarem a nenhuma proposta consistente.
Mas no início da noite, a categoria foi surpreendida com uma liminar que tornou o movimento ilegal. Nesta quinta-feira (7), o comando de greve deve se reunir para avaliar o impacto da decisão judicial.
Na reunião ocorrida na tarde de quarta estavam presentes a deputada estadual Luciane Bezerra (PSB), que faz parte da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa e grupos ligados ao setor de base florestal.
Álvaro Leite, diretor do Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira), está acompanhando as negociações e se diz preocupado porque os prejuízos são incalculáveis.
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Alvaro Leite, diretor do Cipem, se diz muito preocupado com a greve por conta dos prejuízos incalculáveis que está causando no setor de base florestal |
O Cipem reúne em todo o Estado 400 indústrias de base florestal (florestas, indústria e mercado) e com a paralisação das emissões de licenciamentos o setor está deixando de atender a demanda.
Desde o dia 21 de junho, com as atividades paradas, a Sema deixou de arrecadar meio milhão de reais com taxas diversas, Os dados são do setor financeiro da Sema.
No setor da indústria madeireira, Álvaro Leite diz que a falta de um entendimento entre as partes beira a irresponsabilidade já que o Estado está deixando de arrecadar impostos, além de deixar de cumprir atribuições com o mercado, que muitas vezes pode gerar em perdas de contratos.
A cadeia do setor de base florestal está sendo desestabilizada. De tudo que produzimos, cerca de 76% vai para o mercado brasileiro, 23% para o mercado internacional e 1% atende o mercado interno. A greve da Sema afeta a economia do Estado de forma imensurável”, avalia Álvaro Leite.
O setor de base florestal é um dos segmentos que estão sendo afetados com a greve que dura já 16 dias. O licenciamento das PCHs, liberação de obras da Copa de 2014, setor de produção de grãos também são prejudicados.
CRÍTICAS
A deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) fez duras críticas ao sair da reunião de negociação. Ela criticou o secretário do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia.
Alexander Maia está em viagem aos Estados Unidos. Segundo informações, o secretário pediu licença de 15 dias para fazer um curso.
Luciane Bezerra ficou indignada com a falta de atenção aos servidores. “É uma falta de respeito, tem que rever esse quadro. A casa está caindo e o secretário (Alexander Maia) tira férias. O governador tem que rever esse secretariado”, argumentou a deputada.
NEGOCIAÇÃO
Um dos membros da comissão de grevistas, Murilo Covezzi, disse que a categoria não chegou a numa evolução concreta, mas teve um saldo positivo porque “houve uma evolução política”.
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Murilo Covezzi, da comissão de negociação dos servidores da Sema diz que governo não apresentou proposta consistente |
A categoria quer a incorporação da verba indenizatória aos salários, o que corresponderia a um salário inicial de R$ 6.012,00, 34% de reajuste para os anos 2012, 2013 e 2014 e a definição do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
CASA CIVIL
O secretário José Lacerda, informou por meio da assessoria que continuará negociando e que as portas do Palácio Paiaguás continuarão abertas para a negociação.
Disse ainda que, como secretário, está somando esforços para solucionar os problemas existentes.
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