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Cidades Quinta-feira, 09 de Julho de 2020, 08:30 - A | A

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Quinta-feira, 09 de Julho de 2020, 08h:30 - A | A

CAOS NA SAÚDE

MT tem 674 profissionais de saúde contaminados com o coronavirus

JANAÍNA ARRUDA

Já somam 674 casos e 13 óbitos pelo coronavírus entre os profissionais de saúde - médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem - que atuam na linha de frente de combate a Covid-19 em Mato Grosso. Os dados são do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Observatório de Enfermagem, sob responsabilidade do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), atualizados até esta quarta-feira (08).

As principais reclamações dos setores para justificar o alto número de contaminação e mortes dos profissionais de saúde são a baixa qualidade dos EPI's fornecidos e a excessiva carga de trabalho.

Paolo Miranda/BBC

medico coronavirus

 

Em todo o estado são 475 profissionais de enfermagem, entre enfermeiros e técnicos, contaminados pelo coronavírus, e 199 médicos.

São agentes de saúde que estão trabalhando em plantões excessivos, pela falta de profissionais para atender as demandas da saúde, em número cada vez mais crescente de casos da Covid-19 no estado.

Levantamento do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), disponibilizado no portal Observatório de Enfermagem, já conta com 475 profissionais infectados pelo coronavírus e 11 óbitos em Mato Grosso. Ao todo são aproximadamente 29 mil profissionais entre técnicos e enfermagem e enfermeiros atuando no estado.

No âmbito nacional, já somam 23.485 profissionais infectados com o vírus, sendo registrados 240 óbitos até a quarta-feira.

Antônio César Ribeiro, presidente do Coren de Mato Grosso, aponta que as principais dificuldades que o setor tem encontrado para desenvolver seus trabalhos são jornada extensa e a baixa qualidade dos EPI's.

“É um conjunto de fatores, primeiro as jornadas muito extensas, o cansaço físico, cansaço mental, em uma situação de extremo stress, porque todo mundo tem medo de ficar doente e morrer. Riscos de contaminação iminente que são agravados pela qualidade dos EPIs que são oferecidos aos profissionais. Além da baixa qualidade, temos a racionalidade de distribuição (dos equipamentos de segurança), eles têm que se virar em uma jornada de 12 horas com apenas dois kits de equipamentos”, relata Antônio Cesar.

Esses equipamentos consistem em protetor facial, máscara, gorro, capote impermeável. Ele conta que são as principais reclamações dos agentes de saúde que trabalham na linha de frente. Além da sobrecarga de trabalho a cada profissional que é afastado por adoecimento, sobrecarrega outros profissionais que estão em atuação.

O conselho possui um corpo com dez fiscais para atender todo o estado, que atualmente averiguam as condições de trabalho relacionado ao coronavírus de enfermeiros e técnicos e atuam elaborando relatórios e notificações que são encaminhados aos órgãos competentes, como o Ministério Público.

MÉDICOS

O Conselho Regional de Medicina (CRM) contabiliza 199 médicos contaminados pela doença e dois óbitos no estado até o momento. Não existem dados atualizados em relação ao cenário nacional, pois essas informações eram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, que deixou de fornecê-las, ficando cada conselho estadual responsável por fornecer as informações.

São quase 12 mil médicos inscritos no conselho, mas em atuação em todo o estado são mais de 7 mil, sendo 3,5 atendendo em Cuiabá e Várzea Grande. Profissionais que fazem parte do grupo de risco e possuem comorbidades, foram afastados dos trabalhos de atendimento a pacientes com Covid-19.

Presidente do CRM de Mato Grosso, a médica Hildenete Monteiro Fortes aponta que as principais reclamações da categoria são “de um modo geral, alguns locais faltando EPIs ainda, outros locais com EPIs que não são de boa qualidade, equipe médica faltando profissionais. Por exemplo em Colíder há um médico para atender 16 leitos. Há sobrecarga de trabalho, cansaço físico e mental. As vezes eles trabalham faltando recursos de equipamentos, respiradores, de medicamentos, principalmente a questão dos relaxantes, dos anestésicos que estão em falta em muitos hospitais.”

Ela aproveitou para agradecer aos profissionais que estão em atuação e pedir respeito por eles. “O Conselho Regional de Medicina agradece a esses médicos que estão na linha de frente, salvando vidas, que estão se arriscando a adoecerem, a levar essas doenças para seus familiares. E o que a gente pede é que todos os profissionais da saúde sejam respeitados, não só pelos gestores, mas também pelos pacientes, pelo público atendido. E o que a gente apela é que esses profissionais recebam seus salários em dia, pois temos notícias de salários atrasados desde fevereiro, o que hoje é inadmissível. Porque essas pessoas estão se dedicando de corpo e alma para salvar vidas, com risco de perder a sua e ainda não estão recebendo seus salários mensalmente".

Em plantões de 12 horas, alguns médicos têm trabalhado a semana inteira ininterrupta, especialmente em cidades do interior, onde há falta de profissionais. O conselho possui apenas dois médicos que fiscalizam as condições de trabalho no estado, para que sejam notificados os órgãos competentes.

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