A Justiça de Mato Grosso determinou que seja retirada a tornozeleira eletrônica da cabelereira Ellen Gonçalves Santana, de 36 anos. A decisão é da juíza Maria Aparecida Fago, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá.
Ellen, que é ré numa ação penal, é acusada de atirar contra o seu companheiro, o cabo da Polícia Militar, Alexsandro Moreira de Oliveira, de 38 anos. Ele é lotado na Casa Militar.
O PM trabalhava na segurança do governador Pedro Taques (PSDB), e foi baleado em 5 de abril de 2015, na casa da mãe dele, no bairro Jardim Independência, em Cuiabá.
Ellen foi presa suspeita de atirar contra o rosto do policial, mas ela alegou em sua defesa que o tiro que atingiu Alexsandro foi acidental. Durante cerca de 100 dias, Ellen ficou presa no presídio feminino Ana Maria do Couto May.
Por causa do ferimento à bala, o cabo ficou em coma e passou por cirurgia. No dia 14 de julho do ano passado, a suspeita deixou a prisão após conseguir um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado.
Após o passar do tempo, a vítima e a acusada voltaram a viver juntos na casa da mãe da Ellen. Por causa disso, a juíza Maria Aparecida Fago decidiu tirar a tornozeleira de Ellen, mas manteve algumas restrições.
– proibição de mudar de residência ou ausentar-se da Comarca por mais de trinta dias, sem prévia comunicação e autorização da autoridade processante;
– comparecimento, perante a autoridade, todas as vezes que for intimada para ato a ser realizado e para eventual julgamento.
– proibição de aproximar-se e de manter contato com os familiares da vítima, por qualquer meio de comunicação, em face da animosidade demonstrada entre eles e a ré, no decorrer do ato processual, ocorrido no último dia 31 de maio de 2016.
Mesmo com o ‘perdão’ do companheiro, a ação penal deve ter sequência.
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