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Cidades Domingo, 04 de Outubro de 2015, 12:01 - A | A

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Domingo, 04 de Outubro de 2015, 12h:01 - A | A

"SONHO DESTRUÍDO"

Jovem que foi atacada com tinta na colação de grau só poderá se formar em 2016

RAYANE ALVES

Impedida de colar grau após ser atacada com tinta vermelha por uma desconhecida, Sirene Luzia Correa, 31 anos, disse que só poderá concluir o ensino superior no próximo ano. Ela também desistiu de processar a universidade e a sua ofensora, dizendo-se sem provas.

 

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O caso aconteceu no dia 25 de agosto, no Hotel Fazenda Mato Grosso, enquanto a estudante se preparava para entrar no salão onde ocorreria a colação de grau do curso de Administração da Universidade de Cuiabá (Unic). Uma mulher, ainda não identificada, chamou seu nome e jogou tinta óleo em seu rosto.

 

G1 MT

Sirene

Contudo, Sirene conta que não tinha ninguém da família por perto na hora do ataque, muito menos amigos e colegas de sala de aula. Além disso, não há imagens de quem teria cometido o ato. Por isso, viu-se sem provas para continuar os processos.

 

“Todo mundo era desconhecido para mim e não vão querer se expor por uma pessoa que não conhecem. Mas alguém viu, não tem como não ter visto. Então, sem provas e testemunhas, eu fico desanimada para seguir com o processo, porque não tem como condenar ninguém”, desabafou.

 

A jovem explicou que já era para ter colado grau após o episódio, em uma cerimônia particular na sala do reitor. Contudo, desistiu dessa ideia porque ainda tem o sonho de ter uma cerimônia pública.

 

“Não é por causa disso que vou colar grau na reitoria. Não importa o tempo que vou esperar, mas agora estou organizando para colar grau com o pessoal deste semestre, em janeiro do ano que vem. Seria injusto eu ter esperado por esse momento e ele ser destruído por uma pessoa que nem eu conheço”, concluiu.

 

O delegado responsável pelo caso, Simael Ferreira, relatou que ouviu a principal suspeita de ter cometido o crime, que seria a esposa do ex-namorado de Sirene. No entanto, pelo depoimento prestado pela mulher, a Polícia Judiciária Civil (PJC) já a descartou como criminosa.

G1 MT

Sirene

 

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Sirene

Para dar continuidade ao caso, o delegado explicou que está aguardando resposta da empresa que foi contratada para fazer as fotos da cerimônia, para ver se há alguma foto que possa incriminar alguém. Além disso, a mulher precisa querer que a investigação continue.

 

“Eu falo isso porque ninguém chega em uma pessoa e joga tinta óleo do nada. Então eu pedi que ela reflita e lembre de algum caso que ela tenha cometido, que possa ter prejudicado alguma pessoa, para a gente saber pelo menos o caminho que deve ser seguido. O caso tá esquisito, porque ela afirma que não tem ideia de quem poderia ter cometido esta ação”, finalizou.

 

CASO

Os amigos e a família ficaram desesperados, achando que fosse sangue na beca da estudante, que chorava muito, afirmando que a tinta queimava o seu rosto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar socorro à mulher e a Polícia Militar foi ao local para fazer vistoria nos alunos.

 

Em depoimento, um grupo de formandos da sala de Sirene informou que a pessoa que jogou a tinta nela não era ligada à universidade. Mais de 150 acadêmicos dos cursos de administração, ciências contábeis e comunicação social aguardavam no local para a cerimônia de colação de grau.

 

Sirene foi encaminhada à Policlínica do Coxipó e foi diagnosticada com queimadura de primeiro grau no rosto, couro cabeludo. Ela perdeu os cílios e ficou intoxicada. Sua família não mora na Capital e viajou para Cuiabá só para prestigiar o evento, porque seria a primeira da família a colar grau. 

 

O evento quase foi cancelado, pois a família queria um advogado e cogitou pedir a suspensão da cerimônia, para que Sirene pudesse participar da colação de grau com sua turma. Contudo, vários acadêmicos se manifestaram contra e acionaram o advogado da universidade, que afirmou que poderia dar prosseguimento com a cerimônia, já que a instituição não tinha recebido nenhum mandado.

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