Um relatório do Grupo CCR, empresa responsável pelo Sistema Metroviário de Salvador, na Bahia, recomendou a compra dos 40 vagões do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que se encontram parados em Mato Grosso. Diante da novidade, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), autorizou, nesta terça-feira (26), o lançamento do edital de licitação para a implantação do modal na capital.
Segundo informações da imprensa baiana, a empresa calculou que o valor original dos trens sofreu uma depreciação de 30% em razão dos 10 anos em desuso. Em razão disso, o documento sugere ajustes de garantia técnica e assistência por dois anos.
Segundo a CCR, mesmo com os vagões em condições de operar, deve-se estabelecer condições no processo de compra e venda, a exemplo de garantia técnica; assistência pós-venda por pelo menos dois anos; disponibilização de insumos para os primeiros meses de operação; toda a documentação técnica que viabilize o rastreamento da fabricação e os reparos dos componentes, além de manuais de operação e de manutenção.
A negociação entre os governos da Bahia e Mato Grosso se arrasta desde agosto. Conforme o veículo baiano 'A Tarde', com um investimento total de R$ 3,6 bilhões, a gestão de Jerônimo vê na aquisição dos trens “uma oportunidade de obter um material satisfatório por um preço acessível”, acelerando a entrega do novo VLT de Salvador.
Com intermédio do Tribunal de Contas da União (TCU), a aquisição é acompanhada por um grupo de trabalho (GT) criado no dia 25 de agosto para encontrar soluções viáveis aos vagões que estão parados em Mato Grosso.
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O VLT
Projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a implementação do modal em Mato Grosso foi marcada pela corrupção e seus entraves judiciais. A obra paralisada, que custou R$ 1 bilhão, teria 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande.
Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do Estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Já em dezembro do ano passado, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande e deu início às obras para instalação do BRT na sequência.
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