Funcionários que operam scanners de inspeção no aeroporto devem perder o cargo

Os funcionários que operam scanners de inspeção no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, devem perder o cargo nos próximos dias. O problema é que tramita um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), de autoria do deputado Pedro Satélite (PSD), que obriga o diploma de técnico em radiologia para os operadores de emissores de radiação ionizante, bem como, uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Mayke Toscano/Hipernotícias

 

Segundo o membro da Comissão da categoria, Feres Fares, ainda existem muitas pessoas que trabalham em hospitais e principalmente no aeroporto, que não são qualificadas para monitorar os aparelhos. E, isso acaba afetando a saúde da população.

“O aparelho de bagagem transmite muita radiação e se não for regulado é prejudicial à saúde principalmente para as crianças, porque o organismo pode desenvolver tumores devido à alteração celular que o corpo sofre”, disse.

Conforme explicou Feres, a radiação não é como uma medicação que depois o próprio corpo consegue eliminar as substâncias químicas. As doenças são desenvolvidas no ser humano justamente porque os raios são acumulativos para a vida toda.

“No raio X, por exemplo, tem um aparelho que o técnico arruma para colocar a quantidade certa de radiação. Caso, o profissional não seja experiente e não tiver as técnicas corretas o paciente vai receber uma radiação que não é necessária. E, com isso, o exame sai errado e deve ser feito novamente umas outras três a seis vezes. O que significa que vai receber novas porções de radiação”, afirmou.

Atualmente o profissional de radiologia ganha um piso salarial de R$ 1840 para trabalhar 4 horas, além de receber mais 40% de insalubridade.

PROJETO

O deputado destacou que com o avanço do terrorismo e a realização da Copa do Mundo no Brasil, cresceu a adoção de medidas de segurança, tendo o uso de equipamento denominado de “scanner de inspeção” tanto em empresas privadas, quanto nos órgãos público, em especial nos aeroportos, como fator corriqueiro como medida preventiva.

Porém, muitas vezes, tais aparelhos são operados por pessoas sem a qualificação técnica necessária. Tais equipamentos são emissores de radiação ionizante, o que requer, para sua correta operação, a formação técnica em radiologia.

No próximo dia 10, haverá uma audiência no auditório da ALMT, às 17 horas. É uma votação de segunda estância em favor dos profissionais para impedir que, quem não tem o curso de formação ocupe o cargo. 

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