Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com instituições de ensino nacionais e internacionais, descobriram que alguns gêneros musicais afetam a saúde mental. Ritmos como o rock, heavy metal, punk, entre outros, podem atingir negativamente a mente.
Para o professor do Departamento de Psicologia da UFMT e um dos autores do estudo “a preferência por ritmos musicais intensos, como o heavy metal, rock, punk, entre outros, pode influenciar a saúde mental, mas de maneira indireta, através dos afetos negativos, que são a tristeza, raiva, preocupação, etc.”
Segundo ele, o hábito de ouvir músicas intensas frequentemente além de potencializar os afetos negativos, diminuiu os afetos positivos. E isso pode repercutir na saúde mental.
Apesar da recente descoberta, o docente ressalta que a pesquisa não deve abrir precedentes para generalizações. O estudo deve abrir o caminho para novas análises que abordem variáveis não exploradas pela pesquisa e que possam contribuir para o entendimento dos efeitos da música na saúde mental.
“No artigo, discutimos algumas possibilidades, uma delas é estudar pessoas que são fãs desses ritmos [música intensa], porque a nossa amostra foi composta por pessoas em geral”, explica o pesquisador.
Sobre os impactos da descoberta, Monteiro destaca que além de contribuir para a antiga discussão da influência da música na vida das pessoas, a pesquisa também serve aos profissionais da psicologia. “Do ponto de vista clínico, os nossos achados podem ajudar psicólogos que trabalham com intervenções relacionadas a música, verificando como as pessoas a utilizam para a regulação emocional”, acrescenta Renan.
A pesquisa foi feita por questionários distribuídos através das redes sociais. As perguntas utilizaram escalas para avaliar o nível de satisfação com a vida, afetos positivos e negativos.
Além da Escala de Avaliação de Estresse, Depressão e Ansiedade (DASS), Escala Abreviada de Preferência Musical (STOMP), utilizando o fator chamado música intensa, e um instrumento de avaliação do neuroticismo (estabilidade emocional).
No total, o estudo contou com a participação de 268 usuários, na faixa etária de 18 a 63 anos.
A pesquisa foi intitulada como “Indirect effects of preference for intense music on mental health through positive and negative affect”. Os resultados do estudo foram publicados este mês na revista Psychology of Music.
Também contribuíram para o trabalho o estudante de graduação em Psicologia da UFMT, Wilker Andrade, Carlos Pimentel, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Gabriel Coelho, da University College Cork, na Irlanda, e Roosevelt Vilar, da Massey University, na Nova Zelândia.
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Roberto Viana 07/11/2020
Tem que botar o Ministério Público pra investigar essa "pesquisa", já que usaram o nome da instituição UFMT, é sinal que tem recurso da União financiando esse projeto. "A pesquisa foi feita por questionários distribuídos através das redes sociais. As perguntas utilizaram escalas para avaliar o nível de satisfação com a vida, afetos positivos e negativos." Pesquisa feita em redes sociais??????
Roberto Viana 07/11/2020
Quero ver o método utilizado pra essa pesquisa
2 comentários