O delegado Joaquim Leitão Junior, que preside o inquérito policial que investiga os 135 alvos da Operação Fraus, representou pela quebra de sigilo bancário e telefônico dos envolvidos. Embora a investigação tenha iniciado em 2010, pode ter começado muito antes disso.
“Envolve várias células do crime, entre eles instrutores e ex-instrutores de autoescola, candidatos a CNH, fiscais, examinadores e os recrutadores que cooptavam os candidatos para o esquema criminoso. Funcionava de forma consistente, bem organizada. Pode ter começado antes de 2010, por isso não temos prazo”, explicou o delegado ao HiperNotícias.
As empresas envolvidas no esquema não eram fantasmas, nem empresas laranja. Elas existem formalmente e operavam normalmente. “O problema é que os responsáveis a utilizavam para praticar o crime”. Foram presas 19 pessoas, entre as 135 ordens judiciais. Cerca de 100 pessoas são beneficiadas pela fraude.
|
INICIO DA INVESTIGAÇÃO
Tudo começou com uma delação feita por uma pessoa candidata a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ao Ministério Público (MPE) em 2010. Segundo informou o delegado Joaquim Leitão Junior, por ser muito correta essa pessoa se sentiu ofendida pela oferta feita pelo instrutor da autoescola e denunciou.
Nesses dois anos e sete meses de investigações mais de 21 autoescolas foram identificadas no esquema de corrupção que contava com apoio de fiscais e examinadores do Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran) e Ciretrans dos municípios de Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis, Cuiabá, Tangará da Serra e da cidade de Aruanã, no Estado de Goiás. Ao todo são 26 pessoas ligadas ao Detran, entre servidores, fiscais e examinadores credenciados ao órgão.
No estado de Goiás, foram decretados 8 prisões temporárias, 60 conduções coercitivas e 13 mandados de busca e apreensão. Entre os presos, está o mentor e articulador de todo o esquema, identificado pelo nome de Valdimar Tomaz dos Santos, servidor da Ciretran do município de Aruanã. Ele também é proprietário de uma autoescola.
De acordo com as investigações, o perfil dos candidatos escolhidos pelo esquema criminoso, embora sofresse variação, eram pessoas analfabetas ou semianalfabetos e idosos de várias localidades, principalmente do estado de Goiás.
A investigação revelou que o candidato nem se deslocava para fazer as provas e mesmo assim retirava a habilitação em Mato Grosso.
(Com informações da Assessoria)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.