A Prefeitura de Cuiabá, em ação conjunta com a Delegacia Especializada de Meio Ambiente (DEMA), Vigilância Sanitária e Polícia Civil, interditou nesta segunda-feira (16) um canil clandestino localizado na Avenida Prainha, bairro Porto. No local, foram encontrados mais de 70 cães de raça, além de um criadouro irregular de hamsters.
A operação foi deflagrada após denúncias recebidas pelos canais oficiais da Diretoria de Bem-Estar Animal (BEA) e da Secretaria de Ordem Pública (SORP). O responsável pelo espaço não compareceu, sendo representado por sua mãe, M. F.
De acordo com a médica veterinária da BEA, Morgana Thereza Ens, as condições eram chocantes. “Nunca vi nada igual: insalubre, sujo, animais mortos, animais se alimentando de outros cadáveres, fezes espalhadas, comida velha. Foi uma cena muito difícil de presenciar”, relatou.
Os cães, de várias raças como Shih Tzu, Spitz Alemão e Pinscher, estavam confinados em pequenos espaços, sem ventilação e sem manejo sanitário. Muitos apresentavam sinais de doenças e debilidade física. A BEA iniciou a triagem e atendimentos emergenciais em clínica conveniada, e parte dos animais será encaminhada ao canil municipal.
“Nosso papel agora é identificar, avaliar clinicamente e buscar lares responsáveis. Alguns vão para o canil até que consigamos dar o destino correto, porque o quantitativo de cães é muito alto”, explicou Morgana.
O espaço permanecerá interditado e os responsáveis foram multados.
O local não possuía alvará sanitário, registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária e ainda funcionava em desacordo com as normas de saúde e bem-estar animal. A atividade registrada no alvará era de “Comércio Varejista Hortifrutigranjeiro”, em endereço diferente, na Avenida 15 de Novembro.
Durante a vistoria, a Vigilância Sanitária apreendeu medicamentos e vacinas vencidas, além de produtos sem nota fiscal. A notificação registrou irregularidades sanitárias, acúmulo de lixo com risco de leishmaniose e possível reservatório de vetores, como leptospirose.
Quatro pessoas que estavam no local, todas maiores de idade, foram conduzidas à DEMA e poderão responder criminalmente. “Se constatado o maus-tratos, como está sendo constatado, poderão ser presos”, disse o representante da DEMA, Luiz Carlos.
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