A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá recebeu, na noite desta quarta-feira (6), a bebê indígena que foi enterrada viva pela bisavó. A transferência foi feita a pedido do Hospital Regional de Água Boa, devido ao agravamento da situação da criança. Como passou seis horas enterrada, a menina contraiu uma infecção generalizada e um quadro de anóxia - falta de oxigênio no sangue que pode resultar em sequelas irreversíveis.
Segundo o diretor da Santa Casa de Misericórdia, Antonio Preza, a criança chegou à unidade de saúde por volta das 19 horas. Ela foi levada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Pela gravidade do caso, Preza estima que o tratamento poderá durar cerca de 21 dias.
Um novo boletim médico sobre a situação de saúde da bebê deve ser divulgado por volta das 16 horas desta quinta-feira (7).
Na noite desta terça-feira (5), policiais foram acionados no município de Canarana (831 quilômetros de Cuiabá), por um denunciante que informou a existência de uma criança enterrada no quintal da casa em que a família morava. Ao chegarem ao local, os policiais começaram a cavar para encontrar o corpo, quando ouviram o choro da recém-nascida. A bisavó afirmou que teria enterrado o corpo por considerar que a criança teria nascido morta, por ser prematura. No entanto, os médicos contestam a informação e afirmam que o bebê nasceu no tempo correto. Ao todo, a indígena passou 6 horas enterrada.
A bebê já foi adotada por uma tia da mãe da criança, que é uma adolescente de 15 anos. O crime teria sido motivado pelo fato de a adolescente ser mãe solteira, fator não aceito pela tribo Trumai, a qual pertence o pai da adolescente.
Os Ministérios Públicos Federal e Estadual acompanham o caso, assim como o Conselho Tutelar de Canarana.
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