As ações da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), têm transformado Cáceres em referência na produção e comercialização da banana-terra anã. A variedade, introduzida na região pela Empaer e Embrapa, adaptou-se bem ao clima local, apresenta alta produtividade, resistência a pragas e ciclo curto, com colheitas a partir de sete meses, garantindo renda e fortalecendo a agricultura de pequena escala.
No Assentamento Cinturão Verde, produtores adotam técnicas modernas para aumentar a produtividade. “O acesso a mudas de qualidade, assistência técnica e infraestrutura fortalece a economia local e torna a agricultura mais competitiva e sustentável”, afirma a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.
Entre os pioneiros está Círo Cercino Santos, do Sítio Cerro Verde, que adota plantio adensado com 2.800 plantas por hectare, alcançando até 500 caixas de banana por hectare. Ele investiu em energia solar e planeja implementar plasticultura para proteger a lavoura e manter a qualidade o ano todo.
Outro exemplo é Wellington Barbosa, do Sítio Três Irmãos, que arrenda terras e investe em melhorias como poço artesiano e energia solar, deixando as benfeitorias para o proprietário ao final do contrato. “Meu sonho é ter uma terra própria para investir ainda mais. Além da fruta, a banana oferece potencial para biomassa, doces, chips e embalagens ecológicas”, destaca.
A comercialização é fortalecida pela Cooperativa Agropecuária de Produtores da Agricultura Familiar (Cooperfami), que reúne quase 80 produtores, participa do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e integra a Rota da Banana. “Garantimos que o produtor tenha para onde vender e que o preço seja justo”, afirma a presidente, Jaqueline Rodrigues da Silva.
Com a combinação de políticas públicas, tecnologia e organização coletiva, Cáceres se consolida como polo produtivo, gerando trabalho e renda no campo.
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