"Ele foi defender o nome do Pacheco. Se o presidente disse para ele Alcolumbre: 'Mas eu já escolhi ou não escolhi, eu não sei. Não gosto muito de me precipitar para não dar barrigada, porque só vai estar valendo quando tiver. Eu acho que ele está com convicção firmada (sobre Messias)", declarou Wagner, que articulou o encontro de ontem entre Lula e Alcolumbre e que esteve com Lula pela manhã para saber o conteúdo da conversa.
Segundo Wagner, a tendência é que Lula oficialize a indicação à Corte quando voltar de viagem à Ásia e após conversar com Pacheco. "Se ele não fez agora ainda, ele vai ter que fazer na volta. Ele estava pensando, eventualmente, em fazer, mas ele ainda quer ter uma nova conversa com o Rodrigo. E óbvio que, no momento em que ele fizer o anúncio, ele acha que seria mais próprio ele estar aqui e não fazer o anúncio e 'tchau'", falou.
O líder do governo também afirmou não haver definição de quem relatará a indicação no Senado, mas disse acreditar que Alcolumbre não travará a tramitação. "Não acho que ele vá segurar coisa desse tipo".
Wagner falou ainda que Lula considera Pacheco o melhor nome para se candidatar ao governo de Minas Gerais em 2026. "O Alcolumbre, é pública a torcida dele pelo Rodrigo, acho absolutamente normal. O presidente continua convencido que o melhor nome para disputar é o governo de Minas é Rodrigo. Óbvio que ninguém é candidato imposto, precisa saber se ele topa", declarou.
Viabilização da MP do tarifaço
Jaques Wagner afirmou que continua esperando que a oposição retire os dois destaques - trechos separados - apresentados ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 168/2025, que viabiliza os aportes para financiar a medida provisória (MP) com socorro às empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. Segundo o senador, porém, ainda não houve acordo. A votação está prevista para esta terça-feira.
"Acredito que o amadurecimento do pensamento das pessoas. Até tenho expectativa que eles retirem, mas até agora não retiraram. Se não retirarem, vou a voto", disse.
O PLP exclui, até o fim de 2026, os valores de créditos extraordinários e renúncias fiscais previstos na MP dos limites do arcabouço fiscal e das metas de resultado primário. A proposta também abre espaço para até R$ 5 bilhões em renúncias fiscais via o programa Reintegra e permite à União aumentar em até R$ 4,5 bilhões os aportes a três fundos garantidores: o Fundo de Garantia de Operações (FGO), o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e o Fundo Garantidor de Operações de Crédito Exterior (FGCE).
O texto principal do PLP foi votado em setembro no Senado, mas há dois destaques pendentes, um do líder do PL, Carlos Portinho (RJ), e um do líder do Podemos, Carlos Viana (MG). Caso aprovados, os destaques poderiam inviabilizar a proposta, considerada importante para que o governo garanta os recursos para a MP.
O senador voltou a dizer que o impasse se deve à discordância sobre como contabilizar os recursos: o governo defende que os aportes não entrem na meta fiscal; a oposição defende que os valores sejam contabilizados na meta.
(Com Agência Estado)
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