O primeiro questionamento foi sobre as urnas eletrônicas. Moraes quis saber "qual era concretamente o fundamento" que o ex-presidente tinha para alegar que havia fraudes nas eleições e nas urnas e que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estariam direcionando as eleições.
Bolsonaro afirmou que essa sempre foi sua "retórica" e que desde iniciou sua carreira política o voto impresso é uma bandeira. "A questão da desconfiança, suspeição ou crítica às urnas não é algo privativo meu."
A audiência é a grande oportunidade para Bolsonaro exercer sua autodefesa. Ele poderá apresentar sua versão e tentará desqualificar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens da Presidência e delatou o ex-presidente.
Em interrogatório na segunda, 8, Mauro Cid reafirmou que Bolsonaro recebeu, leu e pediu alterações em uma minuta golpista para anular o resultado das eleições e prender autoridades do STF e do Congresso.
Os réus estão sendo chamados por ordem alfabética. Bolsonaro é o penúltimo a depor. Depois dele, falará o ex-ministro Walter Braga Netto, que será ouvido por videoconferência do Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro, onde está preso desde dezembro de 2024.
Quando chegou no STF, pela manhã, o ex-presidente prometeu falar por "horas" e disse que gostaria de exibir vídeos na audiência. No entanto, Moraes não autorizou a exibição das gravações. Em sua decisão, o ministro justificou que "não é o momento adequado para apresentação de provas novas".
Veja os réus da trama golpista já foram interrogados no STF:
- Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Deputado Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
- Almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI.
(Com Agência Estado)
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