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Brasil Quinta-feira, 14 de Abril de 2011, 16:55 - A | A

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Quinta-feira, 14 de Abril de 2011, 16h:55 - A | A

TRAGÉDIA REALENGO

Atirador de Realengo comprou arma por R$ 1.200,00, diz polícia

Segundo a polícia, a arma, a munição e os carregadores foram vendidos em setembro do ano passado

Do Portal R7

André Muzell/R7
Manoel de Freitas Louvise, de 57 anos, foi denunciado pelo Ministério Público por venda ilegal de arma.

O segurança preso por suspeita de vender o revólver calibre 38 usado no massacre de Realengo, no último dia 7, recebeu R$ 1.200 pela arma, cerca de 60 munições e mais os carregadores usados por Wellington Menezes de Oliveira, na escola Tasso da Silveira.

Manoel de Freitas Louvise, de 57 anos, foi denunciado pelo Ministério Público por venda ilegal de arma e acessórios. A denúncia foi aceita pela Justiça e o acusado teve a prisão preventiva decretada. Ele foi preso em casa, no bairro Jardim Ulisses, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por agentes da Divisão de Homicídios, na manhã desta quinta-feira (14).

Segundo a polícia, a arma, a munição e os carregadores foram vendidos em setembro do ano passado. O segurança trabalhava na mesma empresa  de Wellington e foi lá que, segundo Manoel, o atirador começou a aliciar o segurança para vender a arma.
De acordo com o Delegado Felipe Ettore, a polícia chegou até o segurança graças a um exame de metalografia, feito no ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), que verificou a numeração mesmo estando raspada.
- A arma estava registrada em nome dele. Ele não tinha porte, mas podia ter a arma em casa. Agora foi denunciado duas vezes pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo e pode  pegar de quatro a oito anos de prisão.
O segurança confessou o crime. De acordo com ele, Wellington disse que precisava da arma para defesa pessoal, uma vez que iria se mudar para Sepetiba, na zona oeste, e moraria sozinho.
Como estava precisando de dinheiro para reformar um carro, Louvise aceitou fazer negócio, mas pediu que o atirador raspasse a numeração que identificava a procedência do revólver. Ele tinha a arma desde 1978.
- Eu estava precisando de dinheiro para reformar um carro, por isso vendi. Não matei ninguém. Se eu soubesse que ele iria fazer isso, eu mesmo tinha entregado ele à polícia.
Entenda o caso
Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola completava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu duas salas e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
Duas adolescentes, uma delas ferida, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra a barriga do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Onze estudantes foram enterrados na sexta-feira (8) e uma foi cremada na manhã de sábado (9).
O corpo do atirador permanece no IML. Ele ficará no local por até 15 dias aguardando reconhecimento por parte de um familiar e liberação para enterro. Caso isso não ocorra, o homem pode ser enterrado como indigente a partir do dia 23 de abril.

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André Muzell/R7

André Muzell/R7

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