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Artigos Sexta-feira, 05 de Agosto de 2022, 15:20 - A | A

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2022, 15h:20 - A | A

NEILA BARRETO

O radiojornalismo em Cuiabá

NEILA BARRETO

ARQUIVO PESSOAL

NEILA BARRETO

 

Em Cuiabá, somente ao final de 1939, são levadas ao ar as primeiras ondas hertzianas produzidas por um pequeno radiotransmissor montado pelo professor João Jacob, em caráter experimental, e captadas pelos poucos receptores, adquiridos às pressas por encomenda, no Rio de Janeiro. Era o embrião da rádio A Voz d`Oeste (RVO). Legalmente, ela passa a existir em 12 de dezembro de 1944, com o prefixo PRH-3. Até 1959, a RVO era a única opção para a sociedade cuiabana em relação ao radiojornalismo.

A programação basicamente, era formada por programas lítero-musicais, onde se liam poemas, tocavam-se piano, violino e flauta, além dos discos doados pelos ouvintes. Apesar de noticiar os principais acontecimentos da cidade, como os discursos de políticos durante o estado Novo e, a vinda pela primeira vez a Cuiabá, de um presidente da República, Getúlio Vargas, em 7 de agosto de 1941, o primeiro jornal falado só surgiu em 1952.

Este formato moderno de radiojornalismo, já era utilizado em São Paulo desde o ano de 1942, quando do surgimento do Grande Jornal Falado Tupi, mas que só foi adotado na capital mato-grossense em 7 de setembro de 1952, no jornal “Bandeirante no Ar”, sob a direção e locução de Augusto Mário Vieira, auxiliado na locução pela professora May do Couto.

Pouco depois, surge o “Jornal Falado” com Alves de Oliveira, sendo que naquela época, o único jornal impresso em circulação na capital era o Estado de Mato Grosso, o qual transcrevia as notícias dadas pela RVO, do dia anterior. Em 1952, o jornalista e poeta Roberto Jacques Brunini compra a emissora. É com Brunini, nas décadas de 1950 e 1960, que a Rádio A Voz d`Oeste vive o seu apogeu.

Os boletins de hora em hora, passam a ser ouvidos pelos cuiabanos já em 1955, um ano após a estréia deste formato em nível nacional. Toda a programação era ao vivo: o Grande Jornal Falado, os programas de auditório, entrevistas e transmissões de solenidades.

Do lançamento da pedra fundamental às inaugurações, todos os grandes eventos eram noticiados pela RVO, instantaneamente. Conta-se que o trabalho para que estas transmissões fossem possíveis, era impensável hoje em dia. Como exemplo, a inauguração do 9º Batalhão de Engenharia e Construção (9° BEC), prédio até hoje situado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, no Coxipó, quando se precisaram levar os cabos elétricos da sede da RVO, na Praça Ipiranga até lá.

O jornalismo na Voz d`Oeste foi produzido durante toda a década de 1950, por Augusto Mário Vieira, Adelino Praeiro, Alves de Oliveira e Paulo Zaviaski, o qual começou em 1964, aos 12 de idade na RVO. Era um jornalismo de motivação, com forte sentido comunitário em uma comunidade ainda pequena, onde as informações do restante do país chegavam com dificuldades.

A programação era montada, por meio de pesquisas e da produção, não sendo permitido o improviso. O script era elaborado e seguido. No entanto, a potência da emissora era muita baixa: 0,5 watts, com raio de ação pequeno. Segundo Zaviasky, comumente ouvia-se a RVO num diâmetro de 10km (das imediações onde hoje fica a Avenida Mato Grosso até o bairro do Porto). Mas, quando o tempo estava propício, com a propagação maior da onda, a emissora chegou a receber cartas, inclusive da Tchecoslováquia. Ainda
mais sobre o rádio em Cuiabá nos próximos textos.

(*) NEILA BARRETO é Jornalista. Mestre em História. Membro da AML e atual presidente do IHGMT.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 07/08/2022

Pois é, tia Neila só esqueceu de mencionar o grande impulsionador do rádiojornalismo no Centro da Capital, Padre VANIR DELFINO CÉSAR, pároco da Igreja do Senhor dos Passos na Rua 7 de Setembro, e que mantinha uma República só de rádiojornalistas na Rua Campo Grande, esquina com a Prainha. Ainda bem que nossas autoridades não esqueceram do Padre...deram seu nome pra uma Rua, e pra uma Escola Estadual. O corpo do Padre encontra-se supultado na Igreja Senhor dos Passos. Padre Vanir foi presidente da Academia Matogrossense de Letras de 1962/67 e 1969/74.

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