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Artigos Domingo, 21 de Julho de 2013, 07:09 - A | A

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Domingo, 21 de Julho de 2013, 07h:09 - A | A

Eficiência?

O país pode sim reinventar a roda e atingir as expectativas da FIFA, porém qual será o preço final que o cidadão e contribuinte pagará?

JOEL MESQUITA


Outro dia escrevi e publicizei minha opinião sobre a gestão das obras para a copa do mundo de 2014. No artigo repeti o que muitos já disseram e nada aquém do que o país inteiro já sabe: ou seja, tudo que não temos é eficiência no comando da organização das 12 cidades sedes para que venhamos a sediar um evento em grande estilo no ano vindouro.

Recebi alguns emails com duras críticas, quando meus interlocutores afirmaram que havia muito equivoco em minha análise. Que o Brasil está sim no caminho certo e fará um grande evento em 2014. Eu rebati dizendo que se tomarmos Cuiabá-MT, como exemplo, a coisa está e será feia.

Ainda na defensiva dialoguei insistindo com o raciocínio de que os benefícios que ficarão para a população é desproporcional aos gastos por hora efetuados. Reafirmo esse posicionamento por entender que é algo evidente. Nós faremos sem sombras de dúvidas, um dos mundiais de futebol mais caros da história, e provavelmente com qualidade duvidosa.

Se considerarmos ao pé da letra a definição do termo eficiência entendemos que é algo exercido com perfeição e presteza, com resultados positivos para o setor público e toda a sociedade; ou seja, é a utilização da técnica na busca da perfeição. Nesse sentido, tudo que não temos é trabalho eficiente nesse contexto pré-copa do mundo 2014. Tudo tem sido feito com uma morosidade vergonhosa.

Divulgação

O país pode sim reinventar a roda e atingir as expectativas da FIFA, porém qual será o preço final que o cidadão e contribuinte pagará? Eu fico imaginando, de agora para frente, quando o relógio entra nos minutos finais, quando já estamos nos acréscimos do segundo tempo e ainda assim o governo, através das empresas responsáveis pelas obras de mobilidade urbana, ainda não entregaram sequer metade das obras; como é que se fará em menos de um ano, o que era para ser feito em cinco? Onde está a gestão eficiente?


O que me revolta é que tem reinado entre parcela significativa dos cidadãos brasileiros a velha filosofia do "rouba mas faz". Ou seja, para certos cidadãos não interessa o quanto dispendioso ficará, se haverá superfaturamento ou coisa parecida; infelizmente o povo quer obras, com ou sem qualidade, as pessoas querem ter a sensação de que dessa vez o país se desenvolve, que agora é a nossa vez.

Porém esquecem-se do principal, não se desenvolve um país apenas com grandes obras. O desenvolvimento precisa ser heterogêneo; tem que ser proporcional, tem que ser sustentável, precisa ser harmônico.

O Brasil não galgará o posto de nação de primeiro mundo com as obras para 2014. Falta ao brasileiro o principal e essencial para galgar o posto de país desenvolvido; falta-lhe uma educação de qualidade; uma educação que atenda as demandas do mercado, que de autonomia ao cidadão para ser o arquiteto de sua própria vida; um governo populista e personalista, como o que temos, é coisa de país terceiro-mundista. Com essa filosofia petista de governar e gerir a coisa pública, mais uma vez sonharemos com um país melhor, quiça desse sonho, infelizmente poderemos acordar num país pior.

É necessário não desprezarmos os exemplos doutros países, como é o caso da Grécia, que sediou as Olimpíadas com pompas de país de Primeiro Mundo em 2004, e hoje 9 anos após, se encontra quebrada economicamente e com elevados índices de desemprego.

Infelizmente nós brasileiros temos dificuldade em fazer o exercício da autocrítica. Eis aí porque nos iludimos com vans promessas de desenvolvimento e historicamente tudo que temos é frustração. Enfim, o momento é crítico é exige reflexão. Temos que estar preparados para enfrentar o pior. A inflação está na praça. Isso é fato. A divida pública em escala crescente; nesse diapasão, precinto crise econômica no ambiente. O sonho custará caro!

* JOEL MESQUITA é cientista social


Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Joel Mesquita 22/07/2013

A reciproca é verdadeira Carlini....

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Carlini 21/07/2013

Realmente, a autocrítica é um problema latente nos brasileiros; que o diga ter que ler seus textos infantis com forte viés reacionário e sem nenhuma autocrítica ...

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2 comentários

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