Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 6,00
euro R$ 6,27
libra R$ 6,27

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 6,00
euro R$ 6,27
libra R$ 6,27

Artigos Quarta-feira, 20 de Agosto de 2014, 10:22 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 20 de Agosto de 2014, 10h:22 - A | A

Eduardo Campos e a pobreza da política brasileira

A morte de Eduardo Campos pesa mais pela ausência de esperança. Pela ausência de outros possíveis nomes que possam liderar um movimento que vá além destes dois grupos que há tanto tempo conduz o destino deste país

JOÃO EDISOM



Facebook

A pobreza de lideranças no Brasil é tão evidente que hoje quando discutimos política nacional vivemos um bipartidarismo de duas décadas. Por essas e outras a perda de Eduardo Campos nos devolve ao limbo das velhas disputas sem esperanças e nos põe mais uma vez no curral da situação e oposição de uma nota só.


Não que Eduardo fosse o salvador da pátria, ou mesmo pudesse vencer de imediato as eleições, mas era sem dúvida uma voz destoante daquilo que já vimos e daquilo que estamos assistindo há duas décadas. Sim, 20 anos senhores: FHC/PSDB versus LULA/PT 1994, FHC/PSDB versus LULA/PT 1998, LULA/PT versus José Serra/PSDB 2002, LULA/PT versus Geraldo Alckimin/PSDB 2006, Dilma/PT versus José Serra/PSDB 2010 mais Marina/PV. E agora sobrou o que? Tudo do mesmo. Filme do tipo “vale a pena ver de novo”.

O que temos agora? Bem, agora temos Dilma/PT versus Aécio Neves/PSDB mais Marina/REDE/PSB, o que veremos de novo? Veremos o quanto o Brasil está pobre de lideranças, pobre de novidades no campo político, pobre de ideias e de idealistas, pobre de ética, pobre de moral e pobre até de criatividade.

A morte de Eduardo Campos pesa mais pela ausência de esperança. Pela ausência de outros possíveis nomes que possam liderar um movimento que vá além destes dois grupos que há tanto tempo conduz o destino deste país. Quando sabemos que continuísmo e ausência de oposição não é bom para ninguém, pois vicia, camufla, aparelha e leva uma nação as ruinas é que lamentamos tanto o silêncio de mais uma voz que por ora ecoava no fundo do túnel.

A coisa é tão séria que o próprio PSB, partido de Eduardo Campos, não tem em suas fileiras outro do tamanho dele para tocar o projeto que está encaminhado. Sua prematura morte desarticula inclusive nos estados as novas lideranças, pois silenciou a voz que dava ritmo a um possível novo jeito de conduzir a coisa pública. Eduardo era a voz que conduzia os correligionários de seu partido. Seu governo exercido em dois mandatos em Pernambuco era o norte para futuras gestões.

Agora há um conjunto de perguntas e dentre elas a principal é que rumos terá este partido que se agigantava? Será que vai se tornar mais um partido estepe para formar coligações e eleger parlamentar, como tanto outros se transformaram? Ou será que Marina desistirá da Rede e incorporará definitivamente o estatuto, a filosofia e o jeito do PSB ser? Um jeito forjado nos ideais de João Mangabeira, Rubem Braga, Joel Silveira, José Lins do Rego, Jader de Carvalho, Sergio Buarque de Hollanda dentre outros.

Dos atuais correligionários de Eduardo Campos alguém vai emergir para liderar este espólio? Ou o partido se tornará mais um do mesmo? Só o tempo dirá... Mas este tempo é hoje.

*JOÃO EDISOM DE SOUZA é analista político, professor universitário em Mato Grosso e colaborador de HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Carlos Nunes 22/08/2014

Gostei da colocação do Datena, ontem em seu programa, enfatizou a necessidade urgente da RENOVAÇÃO na Política. É como se nós, Os Eleitores, que vamos dar EMPREGO para presidente da república, governador, senador, deputados federal e estadual...tivessemos que ZERAR tudo, começar uma nova fase - significa que deve ser escolhido novo presidente, novo governador, e deve haver renovação no Congresso Nacional e nas Assembléias Legislativas. Precisariamos agradecer tudo de bom que, quem ocupa os mandatos atualmente, fizeram, apesar de que...se fizeram alguma coisa boa, não foi mais do que a obrigação...e depois do "muito obrigado", DEMITISSIMOS todos eles, e contratassemos novas pessoas para serem nossos representantes. Só nas Assembléias Legislativas poderiam permanecer uns 30%, os melhores. Com um novo presidente da república, um novo governador, renovação de 100% do Congresso Nacional e de 70% nas Assembléias Legislativas, com novos eleitos, tudo ZERADO. Pediriamos ao novo presidente da república que determinasse a Receita Federal que...acompanhasse a evolução patrimonial dos novos eleitos...só para saber se...quando terminar os mandatos ficaram ou não ficaram milionários? E para minimizar a corrupção... que os cargos de Conselheiros dos Tribunais de Contas passassem a ser preenchidos só por CONCURSO PÚBLICO, além de criar nos TCE's um setor para periciar as Notas Fiscais, e documentos semelhantes, igual a um perdigueiro que fuça, fuça e descobre irregularidades, uma espécie de GPS do dinheiro público. Enfim...mudar o Brasil não é difícil...tem é que tomar atitudes que acabem com os círculos viciosos do nada vezes nada, como acontece atualmente. Entra governo e sai governo...e fica tudo igual como antes.

positivo
0
negativo
0

1 comentários

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros