Na medida que as eleições se aproximam e as pesquisas indicam possibilidade de vitória de Lula, Bolsonaro umas vezes se desespera, outras ele e a esposa se disfarçam de bonzinhos.
Durante seu mandato, inúmeras vezes tentou de diversas formas ceifar a democracia, ou impedir o funcionamento harmônico e independente dos poderes legislativo e do judiciário.
Seu objetivo, umas vezes camuflada outras escancaradas, sempre foi tornar-se um ditador para poder sem contestação e com facilidade, implantar suas ideias antidemocráticas e perversas favorecendo grupos econômicos, principalmente os bancos, vender barato as empresas brasileiras, facilitar a exploração dos trabalhadores em geral, e da Nação.
Bolsonaro de forma prepotente e desrespeitosa sempre atacou seus adversários e os demais poderes pilares da democracia. Tentou por todos os meios desmoralizar o STE e a urna eletrônica, a Suprema Corte e seus ministros, sempre com apoio de seguidores fanáticos e tresloucados.
Bolsonaro, utilizando da prática do toma lá dá cá, que na campanha criticara, destinou bilhões, através de emendas somente a deputados e senadores sob seu cabresto, principalmente os do Centrão, e para disfarçar as negociatas criou uma excrecência, chamado orçamento secreto.
Bolsonaro só não conseguiu concretizar seus planos diabólicos e fascistas devido a fortes reações de segmentos importantes da sociedade, nos diversos poderes, embora tenha tido sempre a complacência e até apoio do alto comando das forças armadas, que deveria cumprir seu papel constitucional de garantia da democracia, de independência dos poderes constituídos.
Ao aproximar o pleito, em que todas as pesquisas indicam o fim desse governo incompetente e cruel, campeão mundial em mortes por milhão de brasileiros acometidos pela COVID, responsável pelo elevado número de desempregados, pela carestia desenfreada, pela fome que assola dezenas de milhões de brasileiros, muitos atirados ao relento, o presidente e sua esposa vestem peles de cordeiro.
Nos mais de 3 anos de desgoverno eram quase que semanais os abusivos aumentos dos combustíveis, do gás de cozinha, dos alimentos, e agora nas eleições resolveram ficar bonzinhos. No estrebuchar do mandato, cria o “auxilio” Brasil, obriga os governadores a baixar o ICMS, a Petrobras a reduzir os preços, retira verbas da educação, saúde e outros órgãos e distribui dinheiro a rodo aos seus apoiadores.
Em campanha durante todo seu governo, sempre à custa dos recursos públicos escancarou de vez esses abusos no último 7 de setembro, se apropriando da importante data à Nação, para realizar grandes comícios aos seus apaniguados insensatos e desprovidos de pudor.
Mas tudo isso, desde as benesses ao final de mandato, como os inchados números dos últimos comícios, não trouxeram resultado significativo à campanha do presidente findo.
Ocorre que a grande maioria dos brasileiros, principalmente os que mais sentiram o abandono, a crueldade, a corrupção por parte da família do presidente, de seus principais assessores e políticos apoiadores, já fizeram a avaliação e comparação com os governos anteriores mais comprometidos com suas necessidades e com os interesses do Brasil.
E a decisão da grande maioria, como não poderia deixar de ser, é um forte sentimento de mudança. Essa maioria já percebeu que para mudar, independe de opção partidária, de um programa mais bem elaborado, ou até mesmo de candidato mais alinhado aos seus ideais.
A maioria percebe que para pôr fim ao governo Bolsonaro e em condições para promover a mudança é o candidato da federação Brasil da Esperança, Luis Inácio Lula da Silva e seus aliados. Por isso não pegou e não prospera a tal 3ª via.
Nesta reta final começa a ocorrer um fenômeno corriqueiro na maioria das eleições por mudanças, que é o chamado voto útil.
Os eleitores não muito simpáticos ao candidato que lidera as pesquisas percebe que não terá outra alternativa para mudar, a não ser relevar suas divergências menores e depositar o seu voto em Lula.
Outra percepção que grassa entre maioria, é que se houver um 2º turno, Bolsonaro já conhecido pelas suas estripulias e comportamento antidemocrático, pode apelar como ocorreu com Trump nos EUA.
Tudo isso está a indicar uma forte percepção dos eleitores, que para garantir a democracia, evitar confusão e possível retrocesso a um regime de ditadura, é preciso decidir essa eleição em 1º turno.
(*) ALUISIO ARRUDA é Jornalista, Arquiteto e Urbanista, membro do PC do B-MT.
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