Nascidas em uma família de classe alta, na província de Salcedo, as irmãs Mirabal eram engajadas no ativismo político contra a ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana.
Casadas e com filhos, nunca deixaram o ativismo de lado, mesmo com todos os riscos eminentes, até que no dia 25 de novembro de 1960, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, foram estranguladas e espancadas até a morte. Brutalmente assassinadas, tiveram seus corpos jogados em um precipício. As mortes repercutiram, causando grande comoção no país. Pouco tempo depois, o ditador foi assassinado.
O dia 25 de novembro ficou marcado como o “Dia da Não Violência Contra a Mulher” por organizações de mulheres de todo o mundo reunidas em Bogotá, na Colômbia, no Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe realizado em Bogotá, Colômbia, em 1981, em homenagem às irmãs "Mariposas", que responderam com sua dignidade à violência, não somente contra a mulher, mas contra todo um povo.
A partir daí, esta data passou a ser conhecida como o “Dia Latino Americano da Não Violência Contra a Mulher", e em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas instituiu 25 de novembro como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher.
A violência contra a mulher passa a ser um problema mundial que não distingue cor, classe social ou raça: é maléfica, absurda e injustificável!!
Criado no ano de 1991 por 23 feministas de diferentes países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), localizado nos EUA, o Movimento 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização educativa e de massa, que busca a erradicação desse tipo de violência e pela garantia dos Direitos Humanos das mulheres.
O movimento inicia-se globalmente no dia 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, e encerra-se no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
No Brasil, contudo, damos início em 20 de novembro, dia da Consciência Negra, justamente pelo fato de que, infelizmente, mulheres negras continuam sendo o maior alvo dessas violências e seus relatos os mais apagados.
Nesses 21 dias (16+5), poderes e órgãos públicos e membros da sociedade civil, como eu, como você, nos mobilizamos para o fim de propagar, em massa, informações e vivências relativos ao tema!
Nestes tempos em que tanto tentam nos calar, encerro com a potência de Minerva Mirabal: “Se me matam, levantarei os braços do túmulo e serei mais forte".
(*) BÁRBARA LENZA LANA - Advogada Para Mulheres - Líder do Comitê de Combate à Violência Contra a Mulher do Grupo Mulheres do Brasil - Núcleo Cuiabá.
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Ana Catiucia Lins de Almeida 22/11/2021
Parabéns!!!! Muito esclarecedor o artigo.
1 comentários