Um homem ficou quase 10 horas acorrentado a uma pilastra do Hospital Estadual de Bauru (SP) para exigir tratamento adequado para o pai, diagnosticado com Síndrome de Guillain-Barré. O caso ocorreu nessa quarta-feira (6/1), por volta das 14h.
De acordo com Carlos Eduardo Fendel, a intenção era chamar a atenção para o problema de saúde do pai. O rapaz só saiu do local após às 23h, quando o medicamento foi autorizado pela equipe médica do hospital. As informações são do G1.
O pai de Carlos, Leonildo José Fendel, havia sido diagnosticado com Covid-19 em outubro. Ele teve febre e ficou debilitado, mas não teve outras complicações. Entretanto, mesmo depois de se curar da doença, ele precisou ser levado três vezes à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por causa de dores no corpo e pressão alta.
O paciente fez exames, foi medicado e voltou para casa, mas o filho contou que ele continuou sentindo os sintomas. Carlos disse que o pai acordou alguns dias depois com o pé dormente e foi levado ao hospital novamente, onde suspeitaram que Leonildo poderia ter a Síndrome de Guillain-Barré.
“Ele falou que realmente podia ser porque, com o surto de dengue e com a pandemia, isso tem aumentado muito, é um reflexo dessa doença, que ataca o próprio organismo”, contou Carlos.
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Dois dias depois, em 20 de dezembro, Leonildo precisou ser internado para realizar os exames, mas não passou pelo teste neurológico que diagnosticaria a síndrome para que ele realizasse o tratamento.
“Aí começou nossa angústia porque eu tive essa vivência e sei que cada dia que passa é crucial, a pessoa vai definhando”, desabafou. Ainda de acordo com Carlos, o pai dele já não sentia as pernas no fim de dezembro e a síndrome também já tinha começado a afetar os braços.
O exame foi marcado para o dia 11 de janeiro, mas Leonildo estava muito doente e o diagnóstico precisaria ser feito o quanto antes, por isso optaram por procurar uma clínica particular. “Marquei consulta para o dia 4 de janeiro no particular, mas no dia 2 a direção do hospital falou que não ia autorizar ele sair do hospital porque estava muito debilitado”, afirmou Carlos.
O filho conseguiu que o pai passasse pelo exame no próprio Hospital Estadual, quando foi confirmado que ele é portador da síndrome. “Ficamos mais sossegados porque já iria começar o medicamento, mas aí nada […] eu não sabia quando ia resolver, fiquei sem saída. Vou ficar vendo meu pai definhar, sabendo que tem tratamento, que se tomar medicamento vai reverter tudo isso?”, questionou.
Foi quando Carlos decidiu se acorrentar e publicar um apelo nas redes sociais. Ele só saiu do local quando a situação do pai foi resolvida, mesmo após funcionários da unidade hospitalar tentarem convencê-lo a sair do local.
“Essa atitude que eu tomei eu precisava fazer isso por mim, porque imagina se acontecesse alguma coisa com ele e eu soubesse que poderia fazer mais”, finalizou Carlos.
FONTE: https://www.metropoles.com/brasil/homem-se-acorrenta-a-hospital-para-pedir-tratamento-ao-pai-internado
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