Autor da lei de 1998 que denomina como "Senador Vicente Vuolo" o trecho da ferrovia que atravessa Mato Grosso, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) apresentou na sessão desta quarta-feira (22) um substituto integral à Lei Complementar nº 685, de 25 de fevereiro de 2021, para manter o nome do ex-senador na primeira ferrovia estadual.
O tucano também apresentou um novo Projeto de Lei, caso a Justiça não valide a normativa de 1998.
"Estou apresentando dois projetos, projeto de lei que dá o nome de Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo e um substitutivo integral ao Projeto de Lei complementar número 41, que acrescenta dispositivo a lei complementar número 685. Caso a Justiça não reconheça a lei estadual de 98, nós já estamos tramitando aqui mais dois projetos para manter o nome do ex-prefeito de Cuiabá, deputado estadual desta Casa, deputado federal e senador Vuolo", disse Wilson na tribuna.
Na última segunda-feira (20), durante o evento de assinatura do contrato de concessão da primeira ferrovia estadual, a empresa Rumo Logística S/A anunciou a mudança do nome do modal para Olacyr de Moraes.
"Sempre tem um espírito de porco que não conhece a história, um irresponsável com a história, um ingrato com o ser humano qual foi o político Vicente Vuolo, esse pessoal da Rumo que não sei de onde caiu. A função dele é construir a ferrovia e recuperar a ferrovia, não é dar nome a ferrovia. Quem vai dar nome à ferrovia, quem vai fiscalizar a obra é o parlamento e tem que respeitar", criticou o deputado.
"Devíamos estar discutindo tanta coisa, benefícios da ferrovia, melhoria da competição, renda, emprego, tudo isso desapareceu e houve a centralização na discussão do nome. Está faltando juízo, mais política. Ouvir os políticos, quem tem experiência [...] A Rumo não tem poder nenhum para mudar o nome. É uma obra pública que será construída com dinheiro privado, pertence ao povo de Mato Grosso. Nesse caso, quem dá nome, tira nome, quem troca é o Poder Legislativo com a sanção do Executivo", concluiu o tucano.
A polêmica envolvendo a troca do nome da ferrovia também foi comentada pela deputada Janaina Riva (MDB). Segundo a parlamentar, é unânime a defesa pelo nome de Vuolo.
"Não é uma ação política, mas uma ação de respeito por que ele faz tanta história e lutou tanto por essa ferrovia", destacou.
Sobre a ferrovia
O governador Mauro Mendes assinou o contrato de adesão junto à Rumo Logística S/A, na segunda-feira (20), para a construção, implantação e exploração de 730 quilômetros da primeira ferrovia estadual de Mato Grosso. As obras devem ter início no segundo semestre de 2022, após emitida a licença ambiental.
Mendes apontou que o projeto prevê investimento de R$ 11,2 bilhões para a implantação da ferrovia estadual e que todo o recurso é 100% de iniciativa privada. A ferrovia vai interligar os municípios de Rondonópolis a Cuiabá, além de Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, conectando-se à malha ferroviária nacional, em direção ao Porto de Santos (SP).
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