O vídeo em que o vereador o ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel Lima (PSD), foi flagrado na negociação de terrenos com documentos falsificados não sofreu “nenhuma alteração em seu conteúdo”, como contestou o próprio vereador, ao tentar explicar suas declarações na gravação.
É o que afirma o relatório técnico número 4.023, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) que HiperNotícias teve acesso. Ele também insinua no vídeo que os seus colegas parlamentares exigem propina sobre valores contratados em serviços gráficos.
A responsabilidade de periciar o áudio e vídeo foi determinada por meio de um despacho da direção da Procuradoria Geral de Justiça ao Gaeco, por se tratar “em tese, de negociatas realizadas pelo vereador João Emanuel”.
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O despacho é datado do dia 16 de outubro passado e um dia depois o relatório de Torezan estava pronto, ratificando que o “vídeo recebido na mídia DVD, não sofreu nenhuma alteração em seu conteúdo, sendo trabalhada uma cópia realizada do arquivo. Tal mídia, após realizado a gravação e finalizado do DVD, não possibilita nenhuma alteração de seu conteúdo”.
Em depoimento ao Gaeco, e empresária e vítima do golpe de grilagem, autora da gravação em flagrante, declarou que o conteúdo de pouco mais de 26 minutos, de fato, não sofreu alteração em sua continuidade.
DECISÃO
Conforme o Ministério Público, a decisão por esclarecer sobre a autenticidade do vídeo está fundamentada no artigo 14 da Resolução 13/2006, “aplicado analogicamente ao Processo PRO e considerando-se exigência do interesse público e interesse ministerial na completa elucidação dos fatos que se mostram inicialmente de extrema gravidade (...)”
Conforme o advogado José Rosa, que assessorou a empresária Ruth Dutra, orientando-a a gravar o flagrante, “basta obsevar o relógio que aparece no canto de baixo do vídeo e o contador de milésimos de segundo que está no alto, com canto direito do vídeo, para se ter a certeza que não pulou um segundo sequer, a gravação”.
Foi a partir desse relatório, com a confirmação de que o vídeo não sofreu “trucagens”, que o coordenador do Gaeco, Marco Aurélio de Castro, providenciou o início das oitivas, onde já foram ouvidos, desde o dia 18 de outubro, por exemplo, a empresária Ruth Dutra e o filho dela Pablo Norberto Dutra.
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Ricardo Almeida 06/12/2013
engraçado no depoimento do Policial que armou o vídeo ele diz que fez edição sim...
1 comentários